domingo, 9 de outubro de 2011

RESENHA: O garoto que seguiu Ripley

Os leitores do blog já sabem o quanto me surpreendi com os livros anteriores da série (leia-se: “Ripley Subterrâneo” e “O Jogo de Ripley”), e este não foi uma exceção. Contudo, a surpresa não foi a que eu esperava: na minha modesta opinião, trata-se da obra mais fraca da autora, Patrícia Highsmith.

Neste livro, conhecemos Frank, um rapaz de dezessete anos, que fugiu dos Estados Unidos após a trágica morte do patriarca da família e se esconde no interior da França, ganhando a vida como jardineiro. Ripley, após conhecer o garoto e identificar-se com ele, passa ajudá-lo e, no decorrer da estória, acaba por sentir-se seu responsável.

Desta vez, a autora não acertou o ponto na construção do personagem. Achei Frank extremamente irritante, beirando as raias do insuportável. Não conseguia deixar de me perguntar o porquê do Ripley dar tanta importância para ele a ponto de arriscar a própria vida.

Além disso, a estória é arrastada e confesso que foi uma luta para conseguir terminar a leitura, pois sequer tinha ânimo para tal. Aliás, registre-se a desnecessidade de contar a estória em 378 páginas. O livro parecia, simplesmente, interminável. E como se não bastasse, a trama não convence e o final é decepcionante, para dizer o mínimo.

Contudo, mesmo não sendo o melhor livro da autora, creio que a leitura seja válida para acompanhar o personagem Tom Ripley, nos bons e maus momentos.

Título: O garoto que seguiu Ripley
Autora: Patricia Highsmith
N.º de páginas: 378
Editora: Cia das Letras

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