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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Retrospectiva Literária 2012: Lista da Mari

Depois de superar alguns problemas técnicos, finalmente posso compartilhar com vocês as minhas melhores leituras de 2012. E que bom rever a minha lista de leituras do ano e constatar que o saldo dela é positivo. No geral, esse foi um ano de boas leituras e de descoberta de ótimos autores dos quais lerei sem medo todos os títulos que passarem pela minha frente (como exemplo cito Lawrence Block e Tom Rob Smith). Esse também foi um ano de muitas (boas) surpresas literárias e é uma grande surpresa para mim constatar o quanto isso se refletiu nesta seleção. Então, sem mais delongas a lista das minhas 5 melhores leituras do ano.

Em quinto lugar: Belo Desastre - Jamie McGuire

Inicio a minha lista com o livro ame-ou-odeie (impossível ficar indiferente a ele) de Jamie McGuire. A princípio eu não pretendia incluir “Belo Desastre” nessa lista (e sim "Criança 44"), mas a verdade é que poucos livros já ficaram tão grudados na minha cabeça (mesmo nos momentos em que eu não estava lendo e até depois de ter passado da última página), como “Belo Desastre”. A história de Abby e Travis é intensa e explosiva.



Em quarto lugar: A Casa das Sete Mulheres – Letícia Wierzchowski

Apesar de todos os elogios recebidos e de achar a premissa do livro interessante, eu nunca havia sentido vontade (vontade mesmo) de ler “A Casa das Sete Mulheres”. Era mais um daqueles livros que se um dia eu lesse, eu teria lido, mas se não lesse, não teria feito falta. Como ele foi entregue nas minhas mãos (literalmente) resolvi dar uma chance e adorei cada minuto. Letícia é uma autora habilidosíssima e nos conta uma história que poderia ser enfadonha e confusa, devido aos muitos personagens, com maestria e na dosagem certa para nos fazer quase sentir parte daquela família. Maravilhoso.

Em terceiro lugar: O Poeta – Michael Connelly

Curiosamente, há apenas um livro policial nesta lista e não é qualquer policial: é um dos melhores livros que já li do gênero na vida! “O Poeta” só não é perfeito porque seu final deixa muito a desejar, mas a jornada pela qual ele nos leva é tão impecável para os padrões de um livro policial, que isso é facilmente perdoado. Eu já havia lido alguns livros de Michael Connelly antes e já gostava muito do autor, mas foi com “O Poeta” que ele me ganhou de vez.

 
Em segundo lugar: A Culpa é das Estrelas – John Green

Você quer saber o que me despertou vontade de ler “A Culpa é das Estrelas”? Pensa que foi o título? Não foi. A sinopse? Também não. O nome do autor? Não. Os (muitos, muitos) elogios da blogosfera? Não. Então o quê? Nada! Absolutamente nada. E de alguma forma “A Culpa é das Estrelas” conseguiu sair do patamar “eu não tenho a menor vontade de ler esse livro” e chegar ao “impossível deixar de incluir esse livro na minha lista de melhores do ano” Como John Green conseguiu uma coisa dessas? Eu não sei. O que sei é que me dispus a ler o livro e adorei! Uma história linda e tocante, triste sim, mas contada de forma doce e até mesmo alegre. Impossível não se apaixonar. Recomendado para todos os leitores, fãs de todos os gêneros.
Em primeiro lugar: A Sombra do Vento – Carlos Ruiz Zafón

Vou resumir o máximo possível, antes que eu comece a suspirar e me derreter em elogios para Zafón, e dizer simplesmente o seguinte: “A Sombra do Vento” é inesquecível. Eu desafio qualquer pessoa a ler esse livro e não se apaixonar pelo autor e não querer ler qualquer coisa assinada por ele. Amor, amizade, mistério...você encontra um pouco de tudo nessa história envolvente e belissimamente escrita. Com um livro assim tão perfeito, pequenas decepções vindas do autor (por decepções entenda “O Jogo do Anjo”, também lido esse ano – resenha em breve) são perdoáveis.

Menção honrosa: Noite Sem Fim – Agatha Christie

Não dava para encerrar a minha lista de melhores do ano sem incluir minha autora preferida. Como também era sacanagem compara-la aos demais, decidi fazer uma espécie de categoria especial “Melhor livro da Agatha Christie do ano”. Foram quatro lidos no total (Puxa! Foram poucos. Agora fiquei triste. Para 2013, serão mais. Me cobrem) e “Noite Sem Fim” merece o destaque. Estava ali - na minha cara - o tempo todo e eu, com os meus tolos palpites, não vi. Claro que eu não vi. Agatha sua malandra!







sábado, 5 de janeiro de 2013

RESENHA: Belo Desastre

“Eu sei que a gente tem problemas, tá? Sou impulsivo, esquentado, e você me faz perder a cabeça como ninguém. Num minuto você age como se me odiasse, e no seguinte como se precisasse de mim. Eu nunca faço nada direito, eu não te mereço...mas, porra, Abby, eu te amo. Eu te amo mais do que jamais amei alguém ou alguma coisa em toda a minha vida. Quando você está por perto, não preciso de bebida, nem de dinheiro, nem de luta, nem de transas sem compromisso...eu só preciso de você. Eu só penso em você. Eu só sonho com você. Eu só quero você.” (MCGUIRE, 2012, pag.188)

Se não fosse pelas inúmeras resenhas apaixonadas espalhadas pela blogosfera eu jamais teria me interessado por “Belo Desastre”, mas se teve algo que todas essas resenhas me disseram foi que eu precisava conhecer o tal Travis Maddox e não me arrependo nem um pouco de ter mergulhado nessa história.

Fugindo de seu passado, Abby se muda para uma nova cidade e ingressa na universidade junto com sua melhor amiga, a fim de poder recomeçar sua vida em um lugar onde ninguém a conheça e onde possa se manter longe de confusões. Mas eis que no caminho de Abby surge a personificação de tudo aquilo que ela não quer nessa nova fase: Travis Maddox – o cara que bebe, ganha dinheiro com lutas clandestinas e transa com todas as garotas da universidade. Mas Abby não se rende aos encantos de Travis e então ele propõe a ela uma aposta que, se ele perder, precisará ficar sem sexo por um mês, mas que, se ganhar, Abby precisará morar em seu apartamento pelo mesmo tempo. É claro que ela perde a aposta, e é assim que tudo começa.

Pela sinopse, “Belo Desastre” parece ser mais um daqueles livros bobinhos, cuja história já foi contada mil vezes (mocinha certinha se apaixona pelo bad boy e ele se regenera por amor a ela), mas nada nesse livro é assim básico, tranquilo ou normal. Isso porque Travis Maddox é tudo menos básico, tranquilo ou normal. Travis é...intenso! E esse livro que começa tranquilo, aos poucos vai se tornando tão intenso como seu personagem, chegando ao ponto em que se torna impossível de largar. Belo Desastre é explosivo!

Embora a estrela do livro seja Travis, Abby é uma ótima protagonista feminina, além de ser a voz perfeita para narrar essa história. Temos vontade de gritar com ela algumas vezes? Com certeza! Ela é confusa e indecisa...mas quem não seria? Travis vira a cabeça de qualquer uma! Isso porque ele é uma contradição ambulante. Os dois extremos em um único corpo. Ele é tudo que Abby quer evitar e ao mesmo tempo o que ela mais deseja. Travis é explosivo, descontrolado, possessivo, ciumento e chega a dar medo muitas vezes (eu teria medo de ter ele na minha casa e não desejaria ele para ser meu namorado ou mesmo para minhas amigas), mas também é charmoso, sexy e apaixonado (e nessas horas eu queria ele na minha casa como meu namorado). Por essas e por outras, esse é um relacionamento perigoso. Os dois personagens nos despertam amor e ódio, alternadamente, e fica claro que os dois tem algo que transcende as explicações e as situações que viveram – mesmo tendo um relacionamento que pode, e provavelmente até deva, ser considerado doentio - mas eles tem uma ligação. Eles tem química e pronto!

Mesmo sendo um romance, a intensidade e a personalidade de Travis fazem com que o livro tenha um clima de suspense constante. Você nunca sabe o que vai acontecer. Você nunca sabe o que ele vai fazer em seguida. A autora dosa esses elementos muito bem e consegue, de maneira admirável, fazer com que esses personagens - que poderiam soar tão clichês - sejam cativantes e soem verossímeis, tornando toda sua jornada imprevisível. Outro mérito da autora é fazer o leitor querer devorar o livro de uma só vez.

Embora eu não vá focar essa resenha nesse aspecto - até porque li o livro me deliciando e, portanto, é essa a sensação que quero transmitir aqui – não quero deixar de mencionar que “Belo Desastre” também nos faz refletir sobre como alguns relacionamentos podem ser pouco saudáveis.

Como toda história tem dois lados, “Belo Desastre” ganhará uma nova versão: “Walking Disaster” que conta a história sob o ponto de vista de Travis. Confesso que não sei o que pensar disso. A principio a ideia parece brilhante, afinal, a história é deliciosa e ao ser contada por seu melhor personagem só tende a ficar melhor. Mas tenho certo receio que essa versão apague o brilho de Travis porque se boa parte do que faz “Belo Desastre” ser tão bom é a imprevisibilidade do personagem, no momento em que acompanhamos os acontecimentos sob seu ponto de vista, podemos perder muito dessa riqueza. Mas se tem algo que a autora provou foi que consegue transformar histórias banais em livros inesquecíveis, então vamos aguardar o que vem por aí. Além disso, qualquer coisa é válida por mais uma dose de Travis Maddox.


Título: Belo Desastre
Autora: Jamie McGuire
Nº de páginas: 389
Editora: Verus
 

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