“Private. Privado. Confidencial. Quando você vê essas palavras numa porta quer saber o que tem no outro lado. Quando as vê num envelope, imediatamente tem vontade de abri-lo.” (PATTERSON, 2012, p.37)
James Patterson é, hoje, um dos autores de suspense mais vendidos no mundo. Eu, que sou fã confessa do gênero, apesar da curiosidade despertada pelos inúmeros elogios que o autor costuma receber, nunca havia lido seus livros. A razão disso? Não gosto de me envolver com séries que já estão em andamento se não tive a oportunidade de acompanha-las desde o início, o que se aplica aos livros protagonizados por Alex Cross e pelas mulheres do Clube das Mulheres Contra o Crime. Por isso, quando a editora Arqueiro lançou “Private”, o primeiro livro de uma nova série do autor (em parceria com Maxine Paetro), eu pensei: “É agora! Esta é a minha chance”.
Os leitores costumam dizer que os livros de Patterson são frenéticos, de tirar o fôlego, impossíveis de largar e “Private” tem, teoricamente, todas as razões para entregar isso. Para começar, o que temos é uma agência de investigação particular (a Private) o que dá um aspecto interessante a série, afinal, sendo uma agência particular eles podem se dar o luxo de aceitar apenas os casos que querem, além de trabalhar de acordo com suas próprias regras. O dono da agência é Jack, um ex-fuzileiro naval perseguido por pesadelos. Trabalham com ele Justine, uma psiquiatra especialista em traçar perfis psicológicos (que teve no passado um envolvimento amoroso com Jack); Sci, o médico legista que tem pôsters de filmes de terror nas paredes e usa camisas estampadas; Del Rio, o homem que salvou a vida de Jack no campo de batalha e que mais tarde veio a ter problemas com a lei (leia-se: foi preso) e devido a isso tem diversos contatos. A equipe de Private conta ainda com Emilio Cruz, o investigador charmoso e Mo-Bot, a especialista em informática.
Neste livro os autores colocam a equipe na investigação de três casos: o assassinato de uma mulher, uma fraude em jogos de futebol americano, e a caçada a um serial killer que já matou mais de 10 meninas nos últimos anos.
Apresentações feitas, digo que “Private” não apresenta nada de inédito. Os casos são comuns e tem soluções fáceis (pelo menos para mim, que leio muitos livros do gênero, foi tudo muito previsível). Eu particularmente prefiro tramas mais intricadas, do tipo em que vários personagens são suspeitos e as possibilidades são muitas. “Private” não apresenta isso, mas como poderia? São três casos investigados ao mesmo tempo em apenas 207 páginas. Mas eu entendo a opção dos autores. Como a Private é uma agência particular de investigação, são inúmeros os tipos de casos que podem ser apresentados a eles, não apenas sequestros e assassinatos como normalmente vemos nos casos focados na polícia. Mas foi uma estratégia arriscada que para alguns leitores, que preferem caminhos menos tortuosos e com menos obstáculos, pode funcionar muito bem. Para outros, como eu, nem tanto.
Acredito que, por se tratar do primeiro livro de uma série, o mais importante é apresentar o conceito (ou seja, o funcionamento desta agência de investigações) e seus personagens. Acredito que essa também seja uma das razões para o livro apresentar três casos. Para que todos os personagens possam aparecer e deixar a sua marca, afinal, cada um fica responsável por algo. Ainda assim, nenhum dos personagens chega a ser carismático ou mesmo interessante. Eles estão ali para cumprir um propósito. Fica bem claro que cada um tem uma função na equipe e que cada um foi inserido na história para fornecer algumas possibilidades e é isso. Algumas coisas inclusive me incomodaram profundamente, como a ânsia injustificada e forçada de Justine em encontrar o serial killer ou a rivalidade de Jack com seu irmão gêmeo. Mas como eu disse, esse é o primeiro livro de uma série e sua função é apresentar esses personagens rapidamente. Usando “Cassino Royale” como comparação, o primeiro livro onde o super agente 007 aparece não faz jus ao seu personagem. Ele é só uma introdução para a série e para o mundo onde James Bond vive. Acredito que o mesmo possa acontecer com a série Private. É possível que algumas das coisas que me incomodaram se expliquem na medida que os autores desenvolvam mais esses personagens, que eles ganhem novas dimensões e se tornem mais interessantes e carismáticos (como o caso de Bond, James Bond).
Quanto à trama, não achei de tirar o fôlego ou impossível de largar, mas isso pode – novamente – ter a ver com os três casos simultâneos. Os capítulos são muito curtos e não tem tempo de se desenvolver antes que os autores pulem para outro núcleo da história, assim a impressão que eu tinha era a de ter lido e não ter avançado em nada. Mas a narrativa apresentava é do tipo que se lê rapidamente, o que me leva a crer que, quando focada em um único caso, a Private pode render bons momentos.
Como havia dito, este foi o meu primeiro contato com um livro de James Patterson. Assim, não sei dizer se “Private” é um exemplo a altura de seu trabalho - e sucesso - (fãs do autor, comentem e me deem a sua opinião sobre este aspecto). De modo geral, acho que o livro (analisado individualmente) poderia render mais, mas a série tem elementos que podem vir a ser interessantes, caso bem aproveitados. Minha curiosidade sobre o autor ainda não foi sanada. Veremos o que vem por aí.
Título: Private
Autores: James Patterson e Maxine Paetro
Nº de páginas: 207
Editora: Arqueiro
James Patterson é, hoje, um dos autores de suspense mais vendidos no mundo. Eu, que sou fã confessa do gênero, apesar da curiosidade despertada pelos inúmeros elogios que o autor costuma receber, nunca havia lido seus livros. A razão disso? Não gosto de me envolver com séries que já estão em andamento se não tive a oportunidade de acompanha-las desde o início, o que se aplica aos livros protagonizados por Alex Cross e pelas mulheres do Clube das Mulheres Contra o Crime. Por isso, quando a editora Arqueiro lançou “Private”, o primeiro livro de uma nova série do autor (em parceria com Maxine Paetro), eu pensei: “É agora! Esta é a minha chance”.
Os leitores costumam dizer que os livros de Patterson são frenéticos, de tirar o fôlego, impossíveis de largar e “Private” tem, teoricamente, todas as razões para entregar isso. Para começar, o que temos é uma agência de investigação particular (a Private) o que dá um aspecto interessante a série, afinal, sendo uma agência particular eles podem se dar o luxo de aceitar apenas os casos que querem, além de trabalhar de acordo com suas próprias regras. O dono da agência é Jack, um ex-fuzileiro naval perseguido por pesadelos. Trabalham com ele Justine, uma psiquiatra especialista em traçar perfis psicológicos (que teve no passado um envolvimento amoroso com Jack); Sci, o médico legista que tem pôsters de filmes de terror nas paredes e usa camisas estampadas; Del Rio, o homem que salvou a vida de Jack no campo de batalha e que mais tarde veio a ter problemas com a lei (leia-se: foi preso) e devido a isso tem diversos contatos. A equipe de Private conta ainda com Emilio Cruz, o investigador charmoso e Mo-Bot, a especialista em informática.
Neste livro os autores colocam a equipe na investigação de três casos: o assassinato de uma mulher, uma fraude em jogos de futebol americano, e a caçada a um serial killer que já matou mais de 10 meninas nos últimos anos.
Apresentações feitas, digo que “Private” não apresenta nada de inédito. Os casos são comuns e tem soluções fáceis (pelo menos para mim, que leio muitos livros do gênero, foi tudo muito previsível). Eu particularmente prefiro tramas mais intricadas, do tipo em que vários personagens são suspeitos e as possibilidades são muitas. “Private” não apresenta isso, mas como poderia? São três casos investigados ao mesmo tempo em apenas 207 páginas. Mas eu entendo a opção dos autores. Como a Private é uma agência particular de investigação, são inúmeros os tipos de casos que podem ser apresentados a eles, não apenas sequestros e assassinatos como normalmente vemos nos casos focados na polícia. Mas foi uma estratégia arriscada que para alguns leitores, que preferem caminhos menos tortuosos e com menos obstáculos, pode funcionar muito bem. Para outros, como eu, nem tanto.
Acredito que, por se tratar do primeiro livro de uma série, o mais importante é apresentar o conceito (ou seja, o funcionamento desta agência de investigações) e seus personagens. Acredito que essa também seja uma das razões para o livro apresentar três casos. Para que todos os personagens possam aparecer e deixar a sua marca, afinal, cada um fica responsável por algo. Ainda assim, nenhum dos personagens chega a ser carismático ou mesmo interessante. Eles estão ali para cumprir um propósito. Fica bem claro que cada um tem uma função na equipe e que cada um foi inserido na história para fornecer algumas possibilidades e é isso. Algumas coisas inclusive me incomodaram profundamente, como a ânsia injustificada e forçada de Justine em encontrar o serial killer ou a rivalidade de Jack com seu irmão gêmeo. Mas como eu disse, esse é o primeiro livro de uma série e sua função é apresentar esses personagens rapidamente. Usando “Cassino Royale” como comparação, o primeiro livro onde o super agente 007 aparece não faz jus ao seu personagem. Ele é só uma introdução para a série e para o mundo onde James Bond vive. Acredito que o mesmo possa acontecer com a série Private. É possível que algumas das coisas que me incomodaram se expliquem na medida que os autores desenvolvam mais esses personagens, que eles ganhem novas dimensões e se tornem mais interessantes e carismáticos (como o caso de Bond, James Bond).
Quanto à trama, não achei de tirar o fôlego ou impossível de largar, mas isso pode – novamente – ter a ver com os três casos simultâneos. Os capítulos são muito curtos e não tem tempo de se desenvolver antes que os autores pulem para outro núcleo da história, assim a impressão que eu tinha era a de ter lido e não ter avançado em nada. Mas a narrativa apresentava é do tipo que se lê rapidamente, o que me leva a crer que, quando focada em um único caso, a Private pode render bons momentos.
Como havia dito, este foi o meu primeiro contato com um livro de James Patterson. Assim, não sei dizer se “Private” é um exemplo a altura de seu trabalho - e sucesso - (fãs do autor, comentem e me deem a sua opinião sobre este aspecto). De modo geral, acho que o livro (analisado individualmente) poderia render mais, mas a série tem elementos que podem vir a ser interessantes, caso bem aproveitados. Minha curiosidade sobre o autor ainda não foi sanada. Veremos o que vem por aí.
Título: Private
Autores: James Patterson e Maxine Paetro
Nº de páginas: 207
Editora: Arqueiro
Agora vamos a PROMOÇÃO! Em parceria com a Editora Arqueiro, estaremos sorteando um exemplar de “Private" de James Patterson e Maxine Paetro. Para o sorteio, estaremos usando o Rafflecopter. Você pode se inscrever usando a sua conta do Facebook ou seu e-mail. A partir disso, o formulário é autoexplicativo.
A promoção encerra no dia 27 de julho e o resultado será divulgado, no blog e no twitter, até três dias após o encerramento.
O vencedor será contatado via e-mail, tendo até três dias para responder com seus dados. Decorrido o prazo sem manifestação do vencedor, novo sorteio será realizado.
O vencedor será contatado via e-mail, tendo até três dias para responder com seus dados. Decorrido o prazo sem manifestação do vencedor, novo sorteio será realizado.
a Rafflecopter giveaway
4 comentários:
Mari, posso te dar um abraço de urso?
Eu estava achando que estava doida, porque não vi absolutamente nada demais em Private. O livro não me prendeu (ainda que eu tenha lido rápido), não achei envolvente nem de tirar o fôlego, além de que nenhuma personagem me cativou. Foi uma leitura totalmente morna, que passou despercebida, e acredito que a causa disso tenha sido o número de páginas para um grande número de casos. Ficou tudo muito superficial, a meu ver.
Chegaram a comentar na minha resenha, inclusive, que eu devia estar esperando demais do livro, porque o autor é muito bom. Eu li Diário de Suzana para Nicolas e amei, então não questiono a habilidade de James. Mas, para tudo que ouço dizerem sobre os livros policiais dele, Private deixou a desejar (também foi meu primeiro contato com obras policiais do autor).
Ainda quero ler outros livros dele, mas, por enquanto, não tenho lá muitas expectativas. Quero ler a série Clube das Mulheres Contra o Crime!
Beijão!
Eu nunca li nenhum livro do James Patterson, mas sei que ele é um autor bastante conceituado mas não creio que eu vá ter meu primeiro contato com ele por esse livro, não sou nem um pouco fã de séries então vou procurar um livro que seja único para tal fim.
Já li livro do James Patterson,e gostei.
Tenho uma certa curiosidade para ler esse,pois gosto de ler séries.
Ei participando da promoção, ansiosa para ler esse livro
http://twitter.com/Cassia_Blogs/status/226132583019335681
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