sábado, 29 de outubro de 2016

Quem vem para o jantar? # 28

"Quem vem para o jantar?" é a coluna mensal do Além da Contracapa em que um jantar fictício se torna a ocasião em que personagens e autores interagem em encontros inusitados. 

Tudo começou com um incentivo do mestre do suspense:

— Já que vocês querem comemorar o Halloween, então façam uma festa de verdade! Nada de decoração, teias de aranha, abóboras e máscaras. Ninguém vai sentir medo sabendo que tudo é falso. Vamos para um lugar que tenha atmosfera. Um lugar onde a sensação de que coisas terríveis podem acontecer está em cada cômodo, porque coisas terríveis de fato já aconteceram lá. Um lugar que seja mais do que um cenário: que seja um convidado da festa.

Nunca esqueceríamos aquelas palavras de Hitchcock porque nunca deixaríamos de amaldiçoá-lo por ter nos proporcionado a noite mais assustadora das nossas vidas.

— Você tem alguma coisa em mente?
— Que tal o Motel Bates? Há anos não volto lá e acho que seria perfeito. Vocês não imaginam o quanto aquele lugar é soturno e opressor. Parece fazer questão de dizer a qualquer um que ouse entrar em seus domínios: “Ahh, se você soubesse tudo o que eu já vi, enlouqueceria em segundos”.

E foi assim que a nossa intenção de fazer um modesto jantar se dissipou.

Tendo decidido o local, o resto foi fácil. Não havia razão para servirmos uma refeição formal, já que todos iriam querer passear pelos cômodos do motel, então petiscos seriam a escolha ideal. Os convidados deveriam ser apenas os nossos amigos mais corajosos. Como entretenimento, nada de música. Histórias! Muitas histórias de terror. Imediatamente, entramos em contato com Stephen King, afinal, não haveria ninguém melhor para assustar nossos convidados, e ele ficou empolgadíssimo com a ideia. Mas, assim como Hitchcock, ele também nos deu uma sugestão:

— Se o que vocês querem é o tipo de história de fazer nossos ossos gelarem, por que não convidam a família Lutz? Aposto que um relato do que eles passaram em Amityville será muito mais assustador do que qualquer coisa que eu possa criar.

Era um argumento inquestionável e prontamente convidamos os Lutz para a nossa festa.
Quando o grande dia chegou, pegamos carona com Hitchcock que estava mais familiarizado com o trajeto. E só de avistar o Motel Bates já podíamos sentir uma energia negativa emanando de lá. Quando entramos, foi com surpresa que vimos o nível de deterioração do lugar. Parecia que ninguém entrava lá há séculos e nós sabíamos que a imobiliária havia feito um esforço tremendo para deixar tudo impecável. Era como se o que aconteceu no Motel Bates houvesse se impregnado nas paredes, nos móveis e jamais fosse sair. Mesmo com tudo limpo, os móveis pareciam ter algo grudado em sua superfície e conforme nos movimentávamos sentíamos teias de aranha se esfregando em nossos corpos. Como era ali que serviríamos a comida, fizemos uma nova faxina às pressas, mas ela de nada adiantou principalmente porque, como as janelas estavam emperradas, o cheiro forte continuou no ar. Para a nossa surpresa, o motel não tinha energia elétrica então tivemos que recorrer a velas para iluminar o ambiente.

— Pode-se dizer que se o Motel Bates já conheceu dias de glória, eles certamente estão muito longe — observamos.
— E justamente por isso será perfeito — salientou Hitchcock.

O casal Lutz foi o primeiro a chegar e, pela tensão que aparentavam, percebemos que o motel talvez despertasse os sentimentos desagradáveis da época em Amityville.

— Espero que vocês não se importem — foi logo dizendo a sra. Lutz —, mas convidamos Ed e Lorraine. Nos sentimos mais confortáveis com a presença deles e também achamos que eles podem enriquecer o relato.
— Claro, sem problemas. — respondemos.
— E o que ele está fazendo? – perguntou o Sr. Lutz se referindo a Hitchcock que montava seu equipamento.
— Pretendo fazer um pequeno filme das histórias que serão contadas hoje. Quero experimentar algo informal, pegando as reações de todos. Inclusive vou agora testar umas tomadas externas.

Logo que o cineasta saiu, a campanha tocou acompanhada de gritos de “Doces ou Travessuras”. Para nossa surpresa, encontramos Danny Torrance e Abra Stone na porta.

— Crianças! Como vocês chegaram aqui? — perguntamos já as levando para dentro.
— Viemos com Frodo e Sam, mas eles saíram correndo quando viram essa surpresinha de vocês ali na entrada, falando que já tinham passado por maus bocados em Mordor – explicou Abra.

Mal havíamos entrado quando escutamos novamente a campainha, dessa vez acompanhada de gritos de pavor.

— O que, em nome de Deus, é aquela coisa? – perguntou Hitchcock quando abrimos a porta.
— Um dementador.
— Um demente-o quê?
— Dementador. Uma criatura das trevas capaz de sugar a sua alma.
— Sugar a alma?!
— Você acha que eles são os guardiões de Askaban à toa? — explicamos
— Nada disso é do meu tempo. E se querem saber, eu não gostei da brincadeirinha.
— Foi você que disse que nós deveríamos assustar de verdade.
— Eu disse assustar. Não disse sugar!
— Do que vocês estão falando? — perguntou o Sr. Lutz
— Decidimos não fazer aquelas decorações clichês de halloween por causa da atmosfera do motel, mas não quisemos desperdiçar a chance de sermos criativos. Por isso improvisamos um dispositivo que traz um dementador cada vez que alguém toca a campainha.
— E vocês, crianças, não ficaram com medo? – perguntou a Sra. Lutz
— Eu já sobrevivi ao Hotel Overlook e a Abra já sobreviveu ao Verdadeiro Nó — disse Danny — Você acha que um dementador de mentirinha vai nos fazer gritar?
— Ouviu isso Hitchcock? As crianças são mais corajosas que você.
— Crianças iluminadas não contam como parâmetro.

Quando estávamos prestes a fechar a porta novamente, vimos Stephen King chegando acompanhado de Olho Tonto Moody e, julgando pela expressão de King, parecia que o ex-auror conseguira assustar o Mestre do Terror sem se esforçar. Quando viu Danny e Abra, o escritor abraçou as crianças com carinho e logo partiu com Olho Tonto em um tour pelo Motel Bates para conhecer o famoso banheiro. Nesse meio tempo, Ed e Lorraine chegaram e também pareciam impressionados.

— Já visitamos muitos locais considerados assombrados e foram poucos os que realmente faziam jus à fama. — disse Lorraine a guisa de cumprimento. — Mas esse lugar faz minha espinha gelar. 
— Falando em locais assombrados, quando vocês vão nos contar sobre a experiência em Amtyville? — perguntamos aos Lutz.

Só de tocar naquele nome, sentimos o clima ficar mais tenso.

— Aqueles foram os piores dias das nossas vidas. — começou a Sra. Lutz. — Os cheiros esquisitos, as manchas que apareciam do nada no banheiro, as moscas que invadiram o quarto, os barulhos misteriosos, os móveis que mudavam de lugar... tudo era apavorante, mas nada se comparava ao pavor que sentíamos ao perceber o efeito que a casa exercia sobre nós.
— Tínhamos a sensação de que não éramos bem-vindos em nossa própria casa. — completou o Sr. Lutz. — E depois de vinte oito dias, não aguentamos mais. Pegamos poucos pertences e deixamos o resto para trás. É aí que Ed e Lorraine entram na estória.

Ed pigarreou antes de começar:

— Fomos contatados por um jornalista e montamos uma equipe para visitar a casa. A presença maligna era palpável e ...
— EXPECTO PATRONUM!

O grito pegou a todos desprevenidos, fazendo-nos pular de medo. Imaginamos que Olho Tonto e King estavam com problemas e corremos em direção a eles. O que encontramos foram os dois no corredor, apoiados contra a parede, mas ao contrário do que esperávamos, eles riam.

— Estávamos naquele quarto — explicou King apontando. — quando algo se mexeu no canto. Achei que fosse um dementador.
— Eu vi o susto dele e logo conjurei meu patrono... — completou Olho Tonto com um sorriso malandro no rosto. 

Nos olhamos apavorados. Um dementador de verdade na nossa festa? Por quê?

— Relaxem — falou King vendo nossa reação. — Era só uma cortina e o Olho Tonto aproveitou para bancar o engraçadinho. Por isso estávamos rindo.
— Digamos que eu me inspirei na brincadeirinha de vocês. 

Respiramos aliviados. Porém, o alívio não durou muito tempo.

— Mas como a cortina se mexeu? — indagou Ed já entrando no quarto — Reparei que as janelas estão todas fechadas.

Enquanto Hitchcock buscava seu equipamento que ficara na sala, nós seguimos o demonologista e constatamos que ele estava certo. Mas então como a cortina teria balançado sem vento? Antes que alguém elaborasse uma teoria, a porta se fechou atrás de nós com um estrondo. Moody prontamente tentou abrir, mas ela não cedeu, mesmo quando ele usou o feitiço “Alohomora”. De repente, um grito horripilante cortou o ar, fazendo-nos sobressaltar novamente. Que diabos estava acontecendo?

— King, por acaso isso não é obra sua e das crianças? Uma peça de Halloween como na nossa festa de aniversário? Ou como a Agatha fez na Ilha do Negro?
— Juro que não, pessoal. — respondeu ele tão apavorado quanto nós. — Não tenho ideia do que está acontecendo aqui.

Apenas notamos que Hitchcock havia retornado quando a câmera foi arrancada de suas mãos e jogada bruscamente contra o chão. Logo em seguida, nossas velas se apagaram. Ouvimos Olho Tonto murmurar: “Lumus” e com o feixe de luz que saia da ponta da varinha o que vimos foi uma imagem que ficará para sempre gravada em nossas mentes. Era como se a parede a nossa frente tivesse sido convertida em um espelho. O mais macabro dos espelhos que, ao invés de mostrar os nossos reflexos, mostrava os contornos dos nossos corpos desenhados com o que só podia ser sangue fresco. O mais sinistro era que o sangue não escorria para baixo e sim para cima, como uma trepadeira que sobe se agarrando pelas paredes. Como se toda a sua força fosse sugada do chão e só restasse a ela crescer e se espalhar. Incrédulos, pedimos que Olho Tonto direcionasse o feixe de luz para baixo. Nenhum de nós queria ver o que ele mostraria, mas precisávamos ver. E o que vimos injetou o medo em seu estado mais puro em nossas veias. Ali, no chão, desenhos incompreensíveis se formavam em sangue saindo de onde cada um de nós pisava, se espalhando em direção à parede e preenchendo aos poucos os espaços vazios à espera. À espera de cada um de nós. Uma fraqueza começou a nos abater e não demorou para que entendêssemos o que estava acontecendo: o motel queria a cada um de nós e  a nossa força não era nada comparada a ele.
Mal tivemos tempo de reagir quando Danny e Abra desmaiaram simultaneamente.

— Eles são iluminados! A força que age no motel deve estar atacando aqueles a quem considera mais fortes. — falou o King, sem saber a quem ajudar antes.
— Moody, rápido, aparate com eles para outro lugar. — sugerimos.

Mas Lorraine se antecipou:

— Não adianta. Eles estão em transe, em outra dimensão por assim dizer. A presença física deles agora é irrelevante.
— E o que vamos fazer? — indagamos em uníssono.
— CORRAM!!! — gritou Danny desesperado, levantando-se em um salto e abrindo a porta. — Alguém pegue Abra, ela está criando uma distração!

No mesmo instante, King pegou a menina e partiu. Em segundos, todos deixamos o quarto e corremos para a recepção, torcendo para que a porta de entrada estivesse aberta.

Estava.

Ed foi o último a sair e por pouco não ficou trancado porque a força da porta empurrava-o para dentro. 

Antes que pudéssemos nos sentir em segurança do lado de fora, ouvimos um grito enfurecido: “NÃOOOOOOO”. Congelamos por alguns segundos, mas logo continuamos a correr. Não passou um minuto até que o barulho ensurdecedor nos atingisse. Quando olhamos para trás, o que vimos foi o Motel Bates em chamas. Mas parecia que nem mesmo as labaredas eram capazes de destruí-lo. De alguma forma era como se o fogo o tornasse mais forte, mais imponente. Até que, simplesmente, o lugar se desfez, como se tivesse consumido a si próprio. O fogo cessou e o motel já não estava mais ali. Tudo que havia ficado era o cheiro metálico que antes impregnava as paredes, só que agora ele se espalhava por tudo. Hitchcock ficou estático, testemunhando o fim do lugar que ele mesmo tornara um clássico. Mas nós todos voltamos a nossa atenção para Abra que retornava a si, chorando convulsivamente e se agarrando em King.

Danny e Abra nunca nos contaram o que aconteceu naquela noite, tampouco o que tiveram que fazer para nos salvar. As crianças iluminadas provavelmente acharam que não daríamos conta. E a cada vez que fechamos os olhos e não temos escolha a não ser enxergar de novo o que se formava naquele quarto, temos certeza de que elas estão certas. Depois de tudo o que vivenciamos, não precisamos de respostas. Só precisamos esquecer.

Continuamos tentando.

22 comentários:

Márcia Saltão disse...

Oi!
O que dizer? Fantástico! Ver tantas citações de escritores e frases marcantes, todos juntos, envolvidos em um mesmo enredo, é muito divertido e criativo. Parabéns. Adorei!
Abraços.

Gabriela CZ disse...

Que festa de Halloween heim, Mari e Alê?! Adorei a escolha do lugar e dos convidados, e o desenrolar dos acontecimentos foi mesmo de arrepiar. Arrasaram como sempre. Ótimo jantar.

Beijos!
Portal Andar de Cima

Unknown disse...

Amei!!!
Com certeza muito bom ler tudo isso é não esquecer apenas apreciar essa alegria muito bom!!!

Carolina Garcia disse...

Adorei!! Me diverti muito imaginando as pessoas junto com esses personagens incríveis!!! Digno do Halloween sem dúvidas!!! :D
Acho que foi uma dos melhores colunas do Jantar que já li de vocês! :)

Bjs!!!

http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br

Michael disse...

Oi,

Eu amei!

Abraços...

http://blogmichaelvasconcelos.blogspot.com.br/

RUDYNALVA disse...

Alê e Mari!
Que bom que dessa vez nem fui convidada para o jantar...
Tenebroso! Ui!
Vocês são realmente criativos e os convidados muito bem escolhidos, até eles morreram de medo...
E o que foi feito dos quitutes, hein?kkkk
Feliz Halloween!!
"O conhecimento chega, mas a sabedoria demora."(Alfred Tennyson)
cheirinhos
Rudy
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Cristiane Dornelas disse...

Tem alguns que fiquei meio perdida aqui no começo, mas logo reconheci. Muito bom, ficou um conto bem legal e sombrio e que mistura!

Vanessa Vieira disse...

Cara, que texto! Uau, fiquei impressionada! Vocês conseguiram reunir personagens de renome do terror e criar um jantar realmente tenebroso! Parabéns pela criatividade e talento, viu? Abraço!

www.newsnessa.com

Gêmea Má disse...

Oi!!! Eu achei legal a maneira como conseguiram misturar várias referencias e tal, mas ao mesmo tempo acho q ficou muito confuso e por isso eu sinceramente não gostei muito.

Unknown disse...

Oie,
adorei o post.
Estou assistindo a série e vi o filme recentemente e gostei bastante.

bjos
Blog Vanessa Sueroz
Sorteio Um ano Inesquecível

Priih disse...

Oi meninas, tudo bem?
Hahaha adorei o post! A mistura de referências foi ótima!
Festa de Halloween digna, com tudo que se tem direito. :P
Beijos,

Priscilla
Infinitas Vidas

Luiza Helena Vieira disse...

AMEI esse texto! Gente, apesar de bem medrosa, queria participar dessa festa de Halloween.
Beijos
Balaio de Babados
Participe da promoção Halloween Literário

Ana I. J. Mercury disse...

Incrível!!!! Parabéns, eu amei!! Ficou sensacional!!!
Me deixando com muita vontade de ler os livros dos personagens que ainda não li, e é claro, não posso deixar de falar, eles combinaram muito bem!!
Já pensaram em escrever seus livros?? São muito talentosos!! Parabéns mesmo!
bjss

Caverna Literária disse...

QUE ESPETÁCULOOOO! King, Ed, Lorraine, Bates Motel, Hitchcock num lugar só. Vocês tem uma criatividade magnífica, fiquei admirada aqui! Parabéns, ficou simplesmente maravilhoso! Melhor quem vem para o jantar EVER!

xx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com.br/

Jessica Andrade disse...

Oii,
Adorei o texto e essa mistura de referencias ficou muito show!
Deu vontade até de conhecer alguns personagens.
Bjs e uma ótima noite!
Happy Halloween ☻
Diário dos Livros
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Adriana Holanda Tavares disse...

Confesso que me perdi em alguns momentos na história pois nem conheço todo ps citados nesta bela história, o que dizer então? apenas parabéns, você conseguiu condensar em um encontro mestres do terror psicológico e do terror mais tradicional de forma encantadora!

Ariane Gisele Reis disse...

Oie Mari e Ale =)

Que texto foi esse minha gente!
Adorei a forma como vocês desenvolveram a história, inserindo nela autores famosos com uma pitadinha de Harry Potter.

Os dois estão de parabéns viu!

Beijos;***

Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary

Michele Lima disse...

Mari, amo essa coluna, é super criativa! Reunir tantas celebridades da literatura juntas é um sonho! Eu queria ser convidada tb! rs Amei ver Ed e Lorraine e o King <3

Parabéns pela criatividade

Bjs, Mi

O que tem na nossa estante

Sávio França disse...

Olá, Mari.
Sinceramente, achei essa coluna incrível e bem criativa. Reunir essas personalidades foi uma ideia genial.
Vocês criaram uma ótima história e muito bem construída.
Vou querer acompanhar os próximos jantares.

Abraço!
http://tudoonlinevirtual.blogspot.com.br/

Sora Seishin disse...

Oi Mari!
Adorei seu texto!! Gostei como você misturou personagens reais com fictícios, ficou muito legal!

Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros

Casos Acasos e Livros disse...

Amooooooo seus Quem Vem Para Jantar.
Eu me divirto horrores nesse universo literário cheio de personagens que a gente tanto se apaixonou ao longo dos anos.
Quero ir nesses jantares qualquer hora dessas, hahaha.

Beijoooos

www.casosacasoselivros.com

Bia Gonçalves disse...

Oi gente!!
Eu amei esse post e estou encantada pela criatividade de vocês. Quero mais!!
Beeijos
http://lua-literaria.blogspot.com.br/

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