Mais um daqueles livros que eu li porque vi o nome de Stephen King na capa.
Gwendy Peterson tem apenas doze anos quando conhece Richard Farris, um homem de terno e chapéu pretos, que mudará a sua vida. Nesse dia, ele lhe entrega uma caixa cheia de botões coloridos, cada um com um significado. Um botão produz inigualáveis pedacinhos de chocolate que, além de deliciosos, deixam Gwendy totalmente satisfeita. Outro produz raras moedas de prata. Outros têm poderes sobre determinados lugares (Ásia, África, Europa...). E tem ainda os botões vermelho e preto e suas graves consequências. Possuir a caixa é sinônimo de responsabilidade e Gwendy será a dona dela por muitos anos.
Escrito ao longo de um mês, em parceria com o autor Richard Chizmar, “A Pequena Caixa de Gwendy” é mais uma daquelas adoráveis estranhezas saídas da imaginação de Stephen King. O autor tinha uma história em mente, mas não sabia exatamente o que fazer com ela. Escreveu um trecho, passou para Chizmar, que devolveu a King, que escreveu mais um pouco, que retornou para Chizmar e assim por diante até que os dois completassem esse que não é um romance e sim uma novela.
E se algo pudesse lhe dar tudo aquilo que você quer? É com base nessa premissa que a história se desenrola. Quando a caixa surge em sua vida, Gwendy está lutando contra seu peso e a caixa lhe ajuda a emagrecer. Sem que lhe peça, a caixa salva o casamento dos seus pais, a transforma na melhor aluna da classe, a menina mais bonita, a melhor atleta. É como se ela e caixa tivessem uma ligação profunda que permite que o objeto saiba as coisas que a menina quer, sem que ela precise externá-las. Tudo que Gwendy faz é comer os chocolatinhos.
“E, por um tempo, tudo fica bem. Ela acha que a caixa de botões está dormindo, mas não confia nem um pouco nisso. Porque, mesmo que esteja dormindo, ela dorme com um olho bem aberto.” (KING;CHIZMAR, 2018, p.132)
Durante toda a leitura eu me perguntei o tipo de pessoa que a caixa tornaria Gwendy. Afinal, se trata de uma menina de doze anos com muito poder nas mãos. Como ela escolherá utilizá-lo? Por alguma razão ela foi escolhida para possuir tal artefato (Farris deixa isso claro ainda no primeiro capítulo), mas isso seria por que ela saberá usá-lo para o bem ou por que o usaria para o mal? Perguntas como “o que, exatamente, é a caixa?” e “quem é o misterioso homem de chapéu?” ficam em segundo plano.
“A Pequena Caixa de Gwendy” não é um livro eletrizante, mas é uma história envolvente e rápida. Mais uma para a coleção Castle Rock.
O livro também conta com as ilustrações de Ben Baldwin e Keith Minnion
Autores: Stephen King e Richard Chizmar
N° de páginas: 167
Editora: Suma de Letras
Exemplar cedido pela editora
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11 comentários:
Esse botão sobre determinados lugares é pra viajar ? Se sim, usaria esse com muita sabedoria hahaha
Bem interessante a caixa, e coloca-la sob a responsabilidade de uma menina de doze anos... A gente sempre pensa que vai dar merda por se tratar de uma criança né? Mas como ela será a dona dela por muitos anos como diz ali, pro mal ela não usou rsrs
Mas a duvida que fica é, porque essa caixa, pq tem esses poderes e de onde vem? E principalmente quem é esse cara rs
Adorei a resenha. Bjs
As estranhezas do Mestre!!!Adorei esta definição..rs
Como é a primeira resenha que leio deste livro, estou encantada! Eu como fã, acabaria lendo só de ver o nome do autor ali também e pelo que li acima, não irei me arrepender quando o fizer.
Gostei dessa jogada de trechos de cada autor.rs ao menos, ficou diferente!
Com certeza, é poder demais para alguém tão jovem e eu aqui, só querendo uns dois..rs
Lerei!
Beijo
Fiquei ansiosa, Mari. Isso porque agora fico na dúvida se é uma história bonita ou de cortar o coração, pois senti que tem uma moral aí. Além do mais, é King. Ótima resenha.
Beijos!
Eu não conhecia o livro, mas com certeza o nome do Stephen também seria um bom motivo para eu pegar pra ler. Fiquei cheio de perguntas já, e já fiquei imaginando quais consequências essa caixa trará para a menina. Aposto que tem seu preço.
Uau, gostei muito do enredo no geral, realmente é muito poder para uma pessoa só imagina se ela é só uma criança? Nem vou dizer nada sobre o King, pq de vdd o amo (😍) acho que o livro transita nas atitudes boas e ruim que Gwendy pode fazer com essa caixa, mas confesso que me interessou bastante (capa, história e a transição de King e Chizmar na escrita), já adicionei no skoob, ótima resenha! Bjs!!
Eu amei a capa, mas não iria ler somente por ter o nome desse gênio do sobrenatural/terror, gêneros que eu tenho pavor.
Beijos
Oi Mari,
Não a outra palavras a não ser "estranheza", a cabeça do King é cheia delas, rsrs.
É um enredo muito original, e ao mesmo tempo nos deixa uma bela lição, é bem diferente, e eu gostei.
Eu fico imaginando a dúvida que a protagonista causa no leitor, esperando o que ela fará com tudo o que tem poder de fazer, talvez por isso seja um livro que prende.
Claro que desejo muito ler, olhei para a capa e não tinha gostado, até deixei passar batido o nome do King, agora desejo demais ler, rs.
Beijos
Achei a proposta do livro muito viajada e eu não fazia ideia de que tinha Stephen King como coautor e a Estranha forma como eles escreveram o livro Fazendo uma rotação de um para o outro
Oi, Mari
Não li nada dos autores, mas tenho muita vontade de ler King algum dia.
Gostei da ideia dessa caixa com os botões coloridos e quero ler para descobrir se Gwendy usou com sabedoria esses poderes que só ela tem.
Beijos
Muito estranho para quem conheçe a escrita de King. Não é um livro ruim, mas acho que não leria, por ser meio sem pè e sem cabeça. Mas quando a gente ver o nome de Stephen King, tudo pode mudar, ne?
Preciso ler mais do King, e essa história já me marcou. Adorei sua resenha e outra que li, achei fantástica essa trama e nos faz refletir sobre o poder e tudo o que ele nos proporciona seja de bom ou de ruim.
Lerei em breve!
bjs
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