
Como havia comentado em outro post, estava com muita vontade de ler a obra mais famosa de Michael Connelly, e sem sombra de dúvidas, este foi um dos melhores — senão o melhor — livro que li neste ano.
O ano é 1993 e o detetive Harry Bosch e seu parceiro investigam o misterioso desaparecimento de Marie Gesto. Seguem algumas pistas e averiguam alguns candidatos a suspeitos, mas a investigação não passa disso. Finalmente, o caso é arquivado. Mas não para Bosch.
Treze anos depois, o detetive ainda não descobriu a verdade, tampouco desistiu de descobri-la. De tempos em tempos, voltava ao caso, analisava-o sobre outros ângulos e investigava pessoas. Mas pouco, ou nenhum, progresso era feito.
Contudo, após mais uma de suas investidas no caso, Bosch é contatado pelo promotor de justiça, que alega que Marie foi assassinada por um serial killer, sendo que ela não foi nem a primeira, nem a última de suas vítimas. E agora, o criminoso propõe um acordo. Um acordo com repercussões maiores do que qualquer um poderia imaginar.
A trama é densa e possui diversas facetas, as quais são progressivamente desvendadas pelo detetive, sua parceira e por uma agente federal, sendo que a cada resposta encontrada, outra pergunta surge. E ao chegarmos no final, percebemos como todas as peças se encaixam perfeitamente.
Além disso, o autor não deixa escapar a oportunidade e aproveita para fazer uma crítica mordaz acerca das proporções que a influência política tem assumido, e como ela pode afetar, até mesmo, uma investigação policial.
Ponto negativo: ausência de descrições. Veja bem, não estou pedido que ele seja como o Nicolas Sparks, que descreve absolutamente tudo, de forma exagerada e cansativa. Mas citar, pelo menos, as características físicas dos personagens não deve ser tão difícil assim, convenhamos.
Em suma: trata-se de um livro inteligente e instigante, de leitura dinâmica e com muita ação. A trama foi bem explorada, os personagens construídos com esmero e as reviravoltas são de tirar o fôlego. E friso que não foi nada muito mirabolante, tudo fez sentido, as pontas da trama não ficaram soltas, e o final foi satisfatório (embora não perfeito).
Leitura obrigatória para os fãs do gênero policial.
Título: Echo Park
Autor: Michael Connelly
N.º de páginas: 467
Editora: Ponto de Leitura
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