Após a estréia da série “Game of Thrones” no canal HBO, a divulgação e venda dos livros cresceram exponencialmente. Aliás, eu mesmo comecei a ler o livro somente depois de já ter visto a metade dos episódios da série. E o resumo da ópera é que tanto livro, quanto série são fantásticos.
Para os fãs do gênero épico, que nunca encontraram nada a altura após Senhor dos Anéis, o livro é uma boa pedida. A meu ver, o primeiro livro das Crônicas de Gelo e Fogo foi a introdução, o ponta-pé inicial. Isso porque o autor vai desenvolvendo as tramas e os personagens, sendo que com o decorrer da estória o leitor percebe como tudo está interligado. E só posso imaginar como será o final.
Martin conta a estória dos Sete Reinos — aliás, fiquei com a impressão de que o reino é o verdadeiro protagonista da estória — a partir do ponto de vista de alguns personagens, ou seja, cada capítulo é escrito a partir dos eventos que ocorrem com um personagem. Talvez você pense que tal estrutura possa deixar o livro confuso, mas garanto-lhe que não.
Trata-se de um livro complexo, repleto de minúcias e que exige muita atenção, sendo completamente inviável lê-lo com sono ou pensando no almoço. Por ser denso, apresentando uma gama enorme de personagens e de estórias diversas que ocorrem simultaneamente em locais diferentes, o início da leitura pode ser um pouco difícil.
Confesso que este é um dos pontos negativos: muitos personagens, muitos nomes. Se eu já não conhecesse os personagens da série, creio que teria muita dificuldade em identificar quem era quem. Porém, isso não reduz a qualidade do livro.
Por fim, sinto-me obrigado a mencionar como o Martin compôs personagens profundos, e até mesmo reais. Dois deles me chamaram muita atenção, em face de sua evolução ao longo da estória. As circunstâncias e as novas situações exigiam que tais personagens amadurecessem o que, de fato, aconteceu, mas não de forma abrupta, inesperada. Foi gradual, demonstrando o cuidado do autor em criar uma estória verossímil.
Enfim, sou obrigado a tirar o chapéu e reconhecer que George Martin é um mestre na arte de escrever, contar estórias e criar tramas.
Uma última observação: a Editora Leya comprou a tradução feita pela editora de Portugal, e adaptou para o português brasileiro. Em alguns trechos as falhas são evidentes. Se tiver curiosidade, o tradutor Jorge Candeias comentou sobre o assunto em seu blog.
Autor: George R. R. Martin
Título: A Guerra dos Tronos
N.º de páginas: 592
Editora: LEYA
Para os fãs do gênero épico, que nunca encontraram nada a altura após Senhor dos Anéis, o livro é uma boa pedida. A meu ver, o primeiro livro das Crônicas de Gelo e Fogo foi a introdução, o ponta-pé inicial. Isso porque o autor vai desenvolvendo as tramas e os personagens, sendo que com o decorrer da estória o leitor percebe como tudo está interligado. E só posso imaginar como será o final.
Martin conta a estória dos Sete Reinos — aliás, fiquei com a impressão de que o reino é o verdadeiro protagonista da estória — a partir do ponto de vista de alguns personagens, ou seja, cada capítulo é escrito a partir dos eventos que ocorrem com um personagem. Talvez você pense que tal estrutura possa deixar o livro confuso, mas garanto-lhe que não.
Trata-se de um livro complexo, repleto de minúcias e que exige muita atenção, sendo completamente inviável lê-lo com sono ou pensando no almoço. Por ser denso, apresentando uma gama enorme de personagens e de estórias diversas que ocorrem simultaneamente em locais diferentes, o início da leitura pode ser um pouco difícil.
Confesso que este é um dos pontos negativos: muitos personagens, muitos nomes. Se eu já não conhecesse os personagens da série, creio que teria muita dificuldade em identificar quem era quem. Porém, isso não reduz a qualidade do livro.
Por fim, sinto-me obrigado a mencionar como o Martin compôs personagens profundos, e até mesmo reais. Dois deles me chamaram muita atenção, em face de sua evolução ao longo da estória. As circunstâncias e as novas situações exigiam que tais personagens amadurecessem o que, de fato, aconteceu, mas não de forma abrupta, inesperada. Foi gradual, demonstrando o cuidado do autor em criar uma estória verossímil.
Enfim, sou obrigado a tirar o chapéu e reconhecer que George Martin é um mestre na arte de escrever, contar estórias e criar tramas.
Uma última observação: a Editora Leya comprou a tradução feita pela editora de Portugal, e adaptou para o português brasileiro. Em alguns trechos as falhas são evidentes. Se tiver curiosidade, o tradutor Jorge Candeias comentou sobre o assunto em seu blog.
Autor: George R. R. Martin
Título: A Guerra dos Tronos
N.º de páginas: 592
4 comentários:
"Confesso que este é um dos pontos negativos: muitos personagens, muitos nomes. Se eu já não conhecesse os personagens da série, creio que teria muita dificuldade em identificar quem era quem."
Concordo com você neste ponto, porém acredito que sem a série eu só iria demorar mais na minha leitura, com o tempo essas obras com vários personagens não assustam tanto como no começo. é um dos melhores livros que já li, não vejo a hora de conseguir um tempo para ler o segundo. Ótima resenha!
Junior Nascimento
www.CooltureNews.com.br
Eu também tenho minhas dúvidas se iria iniciar a leitura sem ter visto a série antes...
Só acho que para aquele que não viram a série poderá haver alguma confusão com tantos personagens. Digo isso pq eu associo o nome do personagem ao ator. Assim, fica mais fácil lembrar de todos eles.
Estou na mesma situação que vc: A fúria dos reis já esta na minha estante, mas não ouso tocar nele com as provas da faculdade se aproximando, pq sei quando começar a leitura, não terei vontade de parar.
Mas, na primeira semana de férias irei ler A furia dos reis e assistir a 4ª temporada de Damages. Promete, neh?
Ai esta mais um livro que vou ler e já sei de quem pegarei emprestado!!
Um dos melhores livros que li em 2012, um universo paralelo de muita emoção e aventuras!!! Hoje to lendo a furia dos reis.
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