quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Das páginas para as telas # 01

Olá leitores do blog. Antes de mais nada gostaria de esclarecer que minha ausência se deve ao período de provas na faculdade. Mas creio que a partir da semana que vem conseguirei regularizar minhas leituras e, por conseqüência, as resenhas. Dito isto, vamos ao post:

É fato notório e sabido que os estúdios de Hollywood, de tempos em tempos, criam os roteiros de seus filmes com base em livros, dos mais diversos gêneros. Algumas destas adaptações fazem um sucesso estrondos, inclusive ganhando diversos Academy Awarads (vulgo Oscar), como foi o caso da trilogia Senhor dos Anéis, vencedora de dezessete estatuetas. Outras adaptações, todavia, são verdadeiros desastres.

Assim, considerando esta imensa lista de livros transformados em filmes, o Além da Contracapa se propõe a comentar algumas destas adaptações.

A primeira delas é “Orgulho e Preconceito”, da autora britânica Jane Austen, sendo a versão cinematográfica mais recente (2005) dirigida por Joe Wright e estrelada por Keira Knightley e Matthew Macfadyen. O filme é excelente e devo dizer que o considero um dos melhores que já vi (o que deve ser visto como um Sr. Elogio, vindo da minha parte, para um filme de romance). E, na minha humilde opinião, este é um dos poucos filmes que pode ser tido, verdadeiramente, com uma clássica estória de amor. Trata-se de um enredo interessante, personagens cativantes, e com atuações impecáveis como a de Judi Dench e de Keira Knightley.

Visto o filme, parti para o livro, o qual achei muito melhor. Jane Austen sabe construir personagens como ninguém, sobretudo no tocante ao perfil psicológico destes. Em momento algum ela fornece uma descrição pormenorizada dos personagens, mas atravez de suas atitudes e diálogos é que o conhecemos. Um exemplo: Mr. Collins é um personagem extremamente irritante e pomposo, mas descobrimos estas características justamente pela seus galanteios exagerados e seu falar rebuscado.

Em suma, leia o livro e veja o filme. Satisfação garantida em ambos.

Outra obra literária adaptada para o cinema é “Um bom ano”, filme dirigido por Ridley Scott e estrelado por Russel Crowe e Albert Finney. Considero um filme light, do tipo que vale a pena ver quando você precisa relaxar e esvaziar a mente, então não espere por nada muito profundo. Isso mesmo, você não vera uma estória de amor impossível, ou grandes dilemas. Todavia, a estória, ainda assim, é muito interessante e, até mesmo, cativante, com boas atuações e um cenário deslumbrante (dúvido que alguém consiga ver o filme sem ficar com vontade de conhecer a França). Ideal para um sábado a noite.

Animado com o filme, fui ler o livro, escrito por Peter Mayle, com grandes expectativas. Mas confesso que foi uma decepção. Sim, acho que foi a primeira vez que um filme superou, em muito, o livro. O protagonista, Max Skinner, interpretado por Crowe no filme, é um looser (clichê, eu sei, mas é o melhor adjetivo para caracterizá-lo). De forma alguma o leitor consegue se identificar com ele, tampouco sentir empatia. O restante do livro não empolga e não surpreende. Simplesmente não sei como um livro tão ruim deu origem a um filme relativamente bom. Aplausos para o roteirista Marc Klein, que pegou a premissa do livro e deu origem a uma nova estória, muito mais interessante.

Ou seja, veja o filme e fuja do livro.

1 comentários:

Dyana Colares disse...

Sou APAIXONADA pelo filme Orgulho e Preconceito! Gosto mais do filme do que do livro, confesso.. mas o livro também é muito bom, tirando a leitura um pouco difícil =~

beijos!
www.desejoliterario.com

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