“Sua vaga compreensão de si mesmo lhe dizia que sua insegurança era a razão pela qual escolhera a profissão de espião: o único modo de vida que permitia a ele matar instantaneamente qualquer um que representasse a mais leve ameaça.” (FOLLET, 2010, p.238)
Histórias de espionagem além de serem repletas de aventura tem um charme inegável. Quem resiste? “O Buraco da Agulha” de Ken Follet é um ótimo exemplar do gênero.
O espião alemão Henry Faber, codinome “Die Nadel”, está na Inglaterra a fim de descobrir informações para seu país. Mas ele não é qualquer espião. É um espião da alta confiança de Hitler. Quando ele faz uma descoberta capaz de mudar os rumos da Segunda Guerra Mundial, sua missão é enviar provas para a Alemanha. Mas essa é uma jornada cheia de perigos. Conhecido também como “o assassino do estilete de Londres” são muitas as pessoas atrás de Faber.
Esqueça os carros potentes, as mulheres sedutoras e todo o glamour das histórias de 007. “O Buraco da Agulha” é uma história de espionagem mais realista, digamos assim. A jornada de Faber é bastante complicada. É claro que, como todo bom vilão, ele é extremamente esperto e consegue se sair muito bem das enrascadas, mas ainda assim passa por apertos como ser emboscado em um trem e precisar se esconder no meio do carvão ou quase morrer no mar em meio a uma tormenta. Se você pensava que vida de espião era fácil, estava enganado.
A trama permite ao leitor acompanhar os dois lados da aventura: a jornada de Faber e os esforços ingleses em capturá-lo e o autor sabe dosar muito bem as duas coisas. Nada é apressado. O leitor está junto do espião na fuga e dos oficiais na investigação. Eu devo dizer que gostava especialmente das partes com Faber, mas as estratégias militares também eram interessantes, apesar de eu me confundir com os nomes dos personagens algumas vezes.
Como uma boa história de espionagem não estaria completa sem um romance, Faber se envolve com Lucy, uma bela e carente mulher, que se revelará tão corajosa quanto soldados no campo de batalha. Uma adversária inesperadamente a altura do grande e perigoso Die Nadel.
Os personagens são bem construídos e todas as mínimas características de suas personalidades são aproveitadas, principalmente no caso de Lucy. Acredito que ela seja a personagem que o leitor tem a oportunidade de conhecer mais a fundo, conseguindo entender seus desejos, temores, anseios e, consequentemente, suas atitudes. O romance, inclusive, é outra coisa que o autor dosa com perfeição, sem fazer soar forçado ou adquirir proporções exageradas. Ele é, sim, parte fundamental da trama, mas o cerne da história é a fuga e captura do espião.
Para quem gosta de filmes antigos (como eu, por exemplo), "O Buraco da Agulha" foi adaptado para o cinema em 1981 com Donald Sutherland no papel de Faber.
Título: O Buraco da Agulha
Autor: Ken Follet
Nº de páginas: 384
Editora: Best Bolso
Comentários nesse post valem um kit de marcadores.
Histórias de espionagem além de serem repletas de aventura tem um charme inegável. Quem resiste? “O Buraco da Agulha” de Ken Follet é um ótimo exemplar do gênero.
O espião alemão Henry Faber, codinome “Die Nadel”, está na Inglaterra a fim de descobrir informações para seu país. Mas ele não é qualquer espião. É um espião da alta confiança de Hitler. Quando ele faz uma descoberta capaz de mudar os rumos da Segunda Guerra Mundial, sua missão é enviar provas para a Alemanha. Mas essa é uma jornada cheia de perigos. Conhecido também como “o assassino do estilete de Londres” são muitas as pessoas atrás de Faber.
Esqueça os carros potentes, as mulheres sedutoras e todo o glamour das histórias de 007. “O Buraco da Agulha” é uma história de espionagem mais realista, digamos assim. A jornada de Faber é bastante complicada. É claro que, como todo bom vilão, ele é extremamente esperto e consegue se sair muito bem das enrascadas, mas ainda assim passa por apertos como ser emboscado em um trem e precisar se esconder no meio do carvão ou quase morrer no mar em meio a uma tormenta. Se você pensava que vida de espião era fácil, estava enganado.
A trama permite ao leitor acompanhar os dois lados da aventura: a jornada de Faber e os esforços ingleses em capturá-lo e o autor sabe dosar muito bem as duas coisas. Nada é apressado. O leitor está junto do espião na fuga e dos oficiais na investigação. Eu devo dizer que gostava especialmente das partes com Faber, mas as estratégias militares também eram interessantes, apesar de eu me confundir com os nomes dos personagens algumas vezes.
Como uma boa história de espionagem não estaria completa sem um romance, Faber se envolve com Lucy, uma bela e carente mulher, que se revelará tão corajosa quanto soldados no campo de batalha. Uma adversária inesperadamente a altura do grande e perigoso Die Nadel.
Os personagens são bem construídos e todas as mínimas características de suas personalidades são aproveitadas, principalmente no caso de Lucy. Acredito que ela seja a personagem que o leitor tem a oportunidade de conhecer mais a fundo, conseguindo entender seus desejos, temores, anseios e, consequentemente, suas atitudes. O romance, inclusive, é outra coisa que o autor dosa com perfeição, sem fazer soar forçado ou adquirir proporções exageradas. Ele é, sim, parte fundamental da trama, mas o cerne da história é a fuga e captura do espião.
Para quem gosta de filmes antigos (como eu, por exemplo), "O Buraco da Agulha" foi adaptado para o cinema em 1981 com Donald Sutherland no papel de Faber.
Título: O Buraco da Agulha
Autor: Ken Follet
Nº de páginas: 384
Editora: Best Bolso
Comentários nesse post valem um kit de marcadores.
5 comentários:
Amo histórias de espionagem, te prende de tal maneira, que nossa, você lê o livro em duas horas =O
Tbm adoro histórias de espionagem e ainda mais quando o tema de fundo é baseado em fatos reais. Não sabia que existia a versão para o cinema! Vou procurar, pq tbm gosto de filmes antigos!
Gostei bastante da capa, muito criativa, e não pude deixar de reparar que é daquelas edições 'vira-vira' da Saraiva... nunca comprei pq nunca vi 'ao vivo' e não sei como é a qualidade. Vale a pena?!
Bjos
Débora
Introducing you a Book
Oi Débora!
Vale a pena, sim. Só tem que cuidar para não amassar a capa porque ela é bem fininha, mas esse é o padrão dos livros da Best Bolso. A qualidade dos vira-vira da Saraiva é a mesma apresentada nos outros livros da editora, ou seja, é boa sim. Eu tenho duas dessas edições e não me arrependi de comprar nenhuma.
Bjos
Mariana
Sabe que o único livro que li de espionagem foi Cassino Royale, e achei meio decepcionante. Ainda não me animei para ler outro livro do gênero, mas quem sabe se esse cair na minha mão eu dou uma chance hehe..
Já tinha ouvido falar deste autor, mas não sabia que ele escrevia livros de espionagem. Por algum motivo (desconhecido) achava que ele escrevia romances, por isso acho que nunca me prestei para ler sequer a sinopse de algum livro dele heheh
Abraços
Vitor.
todo fato ´real...
Postar um comentário