sábado, 22 de junho de 2013

RESENHA: O Teorema Katherine

“Colin continuava bastante convencido de que o comportamento romântico era basicamente monótono e previsível e que, portanto, seria possível criar uma fórmula bastante simples que anteciparia a rota de colisão de duas pessoas quaisquer. Mas ele temia não ser genial o suficiente para estabelecer as conexões.” (GREEN, 2013, p. 136)

***

Após ler A Culpa é das Estrelas e ser completamente surpreendido por John Green, soube que estava fadado a me tornar seu fã. A leitura de O Teorema Katherine apenas reafirmou algo que eu já sabia: Green é um dos melhores escritores da atualidade.

Collin Singleton é um menino prodígio em fim de carreira. Após terminar o ensino médio, levar um pé na bunda de sua namorada e sentir-se frustrado com sua genialidade, ele decide colocar o pé na estrada em companhia de seu melhor amigo, Hassan. É assim que a dupla chega em uma cidade interiorana, onde Colin tem seu "momento eureca": um teorema capaz de prever o desfecho de qualquer relacionamento.

Como era de se esperar, a narrativa de John Green é a combinação perfeita entre sensibilidade, pitadas filosóficas, doses de humor e notas de rodapé espirituosas. Por sua vez, creio que a melhor descrição da trama seria inusitada e peculiar. Então, se vocês me permitem o trocadilho, a soma destas qualidades resulta em um livro que conquista o leitor em poucas páginas e faz com que o ato de parar de ler seja quase impossível.

Os personagens atingiram um nível de verossimilhança inacreditável. Digo isso porque no decorrer da narrativa o leitor passa a conhecê-los profundamente, de modo que entende suas ações, reações e emoções.

Outro fator que destaco é a jornada dos protagonistas e sua evolução ao longo da estória. Sem ser piegas ou moralista, o autor consegue inserir, de maneira sutil, importantes lições de vida, que transformam não apenas os personagens mas, sobretudo, a forma como eles passam a ver a si mesmos e ao mundo (ok, isto talvez tenha soado piegas, mas me dê um desconto, não sou John Green rsrs).

Os diálogos são ótimos, e não foram poucas as vezes que me arrancaram gargalhadas. O que talvez possa gerar alguma estranheza é “a fala caipira” dos personagens interioranos, mas não é nada que o leitor não se acostume.

Sinto-me obrigado a parabenizar a tradutora do livro, pois só posso imaginar a dificuldade de traduzir anagramas, sem alterar o sentido da estória.

Há algo de novo em O Teorema Katherine? Não exatamente. Afinal, todo mundo já foi adolescente, e não há nada de novo para falar sobre a adolescência. Mas um livro escrito por John Green, nunca será um livro qualquer. Afinal, ele é um mestre na arte de contar estórias, e consegue transformar a mais simples premissa em uma obra fascinante, complexa e cativante.

Título: O Teorema Katherine (exemplar cedido pela Editora Intrínseca)
Autor: John Green
N.º de páginas: 302
Editora: Intrínseca

12 comentários:

Vânia Gama disse...

https://twitter.com/_nirvania/status/348638127155445761

Vânia Gama disse...

parece que o John escreveu esse livro antes de a culpa é das estrelas, por isso todo mundo acha que caiu o nivel dele... mas mesmo assim, parece que é bem interessante, não li nada dele ainda, mas to curiosa :D
beijos

Gabriela CZ disse...

O Teorema Katherine já estava em minha lista, e agora fiquei com ainda mais vontade de lê-lo. Ainda não li nada de John Green, mas cada comentário que vejo sobre ele me dá sensação de preciso ler todos os seus livros.

Abraço, Gabriela
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

Naty disse...

Sou apaixonada pelo autor e a capacidade dele de transformar estórias simples em algo tão especial.
No começo me incomodou a “a fala caipira”, sou um pouco chata com isso, mas no final acabei me acostumando.

https://twitter.com/NatyIC/status/348877700817113089

Unknown disse...

Com tantos elogios só posso ficar curiosa para conhecer essa trama, ;)

Aione Simões disse...

Alê, ACEDE me conquistou totalmente e, se eu já estava doida para ler O Teorema Katherine, sua resenha aumentou ainda mais minha vontade.
A dificuldade dessa tradução é algo que eu sempre penso quando penso nesse livro. Deve ter sido um verdadeiro desafio!
Ainda que a base em si da história não seja a mais original (a adolescência), acho que John Green conseguiu seu diferencial com essa questão dos teoremas, achei a ideia genial pelo que já li nas resenhas.
O que mais me chamou a atenção na sua resenha foi essa ênfase no desenvolvimento das personagens, e espero me encantar tanto quanto você se encantou!
Beijão!

Divulgação: https://twitter.com/mi_simoes/status/349316123952562177

Nardonio disse...

Eu preciso ler qualquer livro do John Green, pois quase todas as resenhas que leio sobre qualquer um de seus livros, são positivas. Mas também não tem muito o que falar, pois ele é um dos poucos autores que consegue transformar uma história simples, em um best seller. Muito curioso pra ler tudo dele.

Seguidor: DomDom Almeida
@_Dom_Dom
Divulgação: https://twitter.com/_Dom_Dom/status/350483291528364035

Rossana Batista disse...

Não li nenhum livro do John Green ainda.
Já vi várias resenhas positivas desse livro, deve ser realmente bom.
Espero sentir conhecer profundamente os personagens quando eu ler.

https://twitter.com/rooohbatista/status/351017793774305281

Roberta Moraes disse...

Ouvi falar muito nesse livro, mas ainda não tive oportunidade de lê-lo. Só ouço maravilhas do John Green, então acho que não vou me decepcionar.

https://www.facebook.com/roberta.moraes.7127/posts/328054887329341

Unknown disse...

PRE-CI-SO DES-TE LI-VRO. Serio depois de AECE fiquei tao fascinada pela escrita do autor. Espero ler esse livro logo *-*

https://twitter.com/jessikalisboa_/status/351340373039263745

Cristiane Dornelas disse...

É fofa essa história. Pra quem leu o de ACEDE e deu aquela depressão, esse foi mais alegrinho e fofo de se ler. E não morre ninguém, amém! Muito fofo, eu gostei de ler.
https://twitter.com/cristianecullen/status/351373196840275968
cristiane dornelas

Unknown disse...

Até hoje eu estou tentando entender aquela equação hahaha
Esse livro é realmente muito bom. Ri demais com ele e, quando isso acontece, sei que posso indicá-lo para as pessoas, afinal: rir é o melhor remédio.

Beijos,
literarizei.blogspot.com

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