“Tudo aquilo não tinha passado de preparação para este momento: descer de um avião em outro país, em outro hemisfério; e emergir do casulo da vida acadêmica para se lançar pelo céu descoberto, espantoso, da realidade. Por um dia e meio, Lily ficou empolgada. Por um dia e meio, Lily foi livre. E então Katy chegou.” (DUBOIS, p.86, 2015)
Lily Haynes é uma estudante americana fazendo intercâmbio em Buenos Aires. Ela vive em uma casa de família e divide um quarto com Kate, outra estudante. Quando Kate é encontrada assassinada, Lily é acusada do crime.
“A Estrela” é narrado em terceira pessoa, mas se vale de quatro pontos de vista para contar a história de Lily: o primeiro, de seu pai (uma escolha interessante já que é um personagem de fora dos acontecimentos, mas afetado por eles e que tem um ponto de vista parcial visto a acusada ser sua filha); o segundo, do promotor do caso (que está convicto de ter encontrado a culpada); o terceiro da própria Lily e o quarto de Sebastien, um rapaz com quem ela estava envolvida romanticamente (e que tampouco consegue ser imparcial visto estar apaixonado por ela). Além dessa alternância de pontos de vista, outro elemento contribui para dar a “A Estrela” uma estrutura narrativa peculiar, e é a linha temporal descontínua. Se o primeiro capítulo mostra o pai indo visitar Lily já presa e interrogada, o segundo retrocede no tempo e mostra o promotor indo visitar a acusada pela primeira vez. O terceiro, por sua vez, mostra Lily antes de ser presa e o quarto mostra Sebastien quando conhece a moça, antes mesmo de começarem seu romance.
Tudo isso dá a “A Estrela” um caráter de quebra-cabeça interessante, mas deixa uma dúvida: que história a autora pretende contar? A do julgamento de Lily (na qual o crime em si perde a importância, pois o importante é o que acontecerá a ela - se será declarada culpada ou inocente) ou a do assassinato de Katy (na qual o mais importante é quem matou e o que levou a moça a ser morta, ou seja, o mais importante é o crime)? São duas faces diferentes de uma mesma história, ambas promissoras. O problema é que ao fragmentar toda a sua trama, DuBois acaba contando um pouco de cada coisa, sem se aprofundar em nada. Com isso falta aquele senso de urgência que faz um leitor devorar um livro policial (o que depois conclui que “A Estrela” não é).
Tendo dito isso, acho que “Estrela” é mais um livro que se vale de um crime para fazer um estudo de personagens do que um livro policial / suspense / thriller psicológico em si. A prova disso é que a única coisa constante na história é Lily e cada ponto de vista serve não para esclarecer o crime ou o julgamento, mas revelar um pouco mais da personagem. Porém, não chegamos a conhecer Lily a fundo porque ela está sempre sob um prisma diferente, afinal, seu pai tem uma visão de quem ela é, o promotor tem outra, assim como o amante, a irmã mais nova, o casal que a abrigava e assim por diante. Mesmo sendo uma abordagem interessante, não me parece que a personagem tenha força suficiente para ser a cola que mantém todas essas peças unidas.
Acredito que a intenção da autora tenha sido mostrar que nunca conhecemos alguém completamente e que o relacionamento que temos com uma pessoa interfere na maneira como a vemos tanto quanto essa visão molda o relacionamento que construímos. Além disso, a autora parece querer dizer também que isso tudo sofre influencia da própria bagagem que carregamos. É por isso que a sinopse contida nessa edição afirma que “não haverá dois leitores que concordem sobre quem Lily é e sobre o que aconteceu” e a falta de respostas definitivas ao final do livro contribui para corroborar essa afirmação. Eu, particularmente, vejo Lily como alguém fortemente influenciada pela morte de sua irmã ainda criança (a quem ela nem chegou a conhecer) e que passou a vida vendo os pais tentando ignorar a dor, mas esquecendo de viver. Isso lhe deu uma força, uma ânsia de aproveitar a vida ao máximo, mas ao mesmo tempo uma apatia quando diante de uma situação difícil, pois foi isso que ela testemunhou em seus pais a vida inteira.
E mesmo que Lily seja o centro da obra, a autora também procura se aprofundar nos outros personagens (o que inclui histórias de vida que em alguns casos – como o de Sebastien – nada tem a ver com Lily) e faz isso mostrando o relacionamento que têm com a protagonista e como lidam com os desdobramentos de sua acusação. Ou seja, ao mesmo tempo em que “A Estrela” é sobre o assassinato de Katy e o julgamento de Lily, também é sobre as vidas dos personagens que nos apresentam essa história. Pode parecer confuso, mas não é. O problema é que a fim de conseguir se aprofundar em cada uma dessas perspectivas, a autora dedica muito tempo a detalhes pequenos e com isso a história não evolui. A prova disso é que as evidencias que existem contra Lily nas últimas páginas estavam quase todas presentes desde as primeiras (isso se dá também porque o livro já começa a dois passos do fim, temporalmente falando). Com base em tudo isso, minha conclusão é que se você ler o livro pelo caso de assassinato, irá se decepcionar. Mas se você ler pelos personagens, pode vir a gostar. Eu senti um certo distanciamento com relação a todos, mas acredito que essa era a intenção da autora: mostrar que nunca conhecemos 100% alguém e que por mais próximos que estejamos, sempre vemos as vidas alheias a uma distância.
Embora possa parecer confuso (em especial as trocas de pontos de vista aliadas aos saltos temporais) saliento que não é. A estrutura narrativa adotada por DuBois é inusitada e interessante e sua narrativa é fluida. O livro só não tem um impacto maior porque em busca de fazer com que tudo e todos tivessem a mesma importância, sem que nada se sobressaísse, a autora deixou que seu livro ficasse morno.
“A Estrela” foi livremente baseado no caso Amanda Knox (estudante americana de intercâmbio que foi acusada de assassinar sua colega de quarto na Itália) e é um livro que pode agradar ou desagradar, depende do que você procura nele e como lida com o que encontra.
Título: A Estrela (exemplar cedido pela editora)
Autora: Jennifer DuBois
Tradução: Waldéa Barcellos
Nº de páginas: 447
Editora: Rocco
Lily Haynes é uma estudante americana fazendo intercâmbio em Buenos Aires. Ela vive em uma casa de família e divide um quarto com Kate, outra estudante. Quando Kate é encontrada assassinada, Lily é acusada do crime.
“A Estrela” é narrado em terceira pessoa, mas se vale de quatro pontos de vista para contar a história de Lily: o primeiro, de seu pai (uma escolha interessante já que é um personagem de fora dos acontecimentos, mas afetado por eles e que tem um ponto de vista parcial visto a acusada ser sua filha); o segundo, do promotor do caso (que está convicto de ter encontrado a culpada); o terceiro da própria Lily e o quarto de Sebastien, um rapaz com quem ela estava envolvida romanticamente (e que tampouco consegue ser imparcial visto estar apaixonado por ela). Além dessa alternância de pontos de vista, outro elemento contribui para dar a “A Estrela” uma estrutura narrativa peculiar, e é a linha temporal descontínua. Se o primeiro capítulo mostra o pai indo visitar Lily já presa e interrogada, o segundo retrocede no tempo e mostra o promotor indo visitar a acusada pela primeira vez. O terceiro, por sua vez, mostra Lily antes de ser presa e o quarto mostra Sebastien quando conhece a moça, antes mesmo de começarem seu romance.
Tudo isso dá a “A Estrela” um caráter de quebra-cabeça interessante, mas deixa uma dúvida: que história a autora pretende contar? A do julgamento de Lily (na qual o crime em si perde a importância, pois o importante é o que acontecerá a ela - se será declarada culpada ou inocente) ou a do assassinato de Katy (na qual o mais importante é quem matou e o que levou a moça a ser morta, ou seja, o mais importante é o crime)? São duas faces diferentes de uma mesma história, ambas promissoras. O problema é que ao fragmentar toda a sua trama, DuBois acaba contando um pouco de cada coisa, sem se aprofundar em nada. Com isso falta aquele senso de urgência que faz um leitor devorar um livro policial (o que depois conclui que “A Estrela” não é).
Tendo dito isso, acho que “Estrela” é mais um livro que se vale de um crime para fazer um estudo de personagens do que um livro policial / suspense / thriller psicológico em si. A prova disso é que a única coisa constante na história é Lily e cada ponto de vista serve não para esclarecer o crime ou o julgamento, mas revelar um pouco mais da personagem. Porém, não chegamos a conhecer Lily a fundo porque ela está sempre sob um prisma diferente, afinal, seu pai tem uma visão de quem ela é, o promotor tem outra, assim como o amante, a irmã mais nova, o casal que a abrigava e assim por diante. Mesmo sendo uma abordagem interessante, não me parece que a personagem tenha força suficiente para ser a cola que mantém todas essas peças unidas.
Acredito que a intenção da autora tenha sido mostrar que nunca conhecemos alguém completamente e que o relacionamento que temos com uma pessoa interfere na maneira como a vemos tanto quanto essa visão molda o relacionamento que construímos. Além disso, a autora parece querer dizer também que isso tudo sofre influencia da própria bagagem que carregamos. É por isso que a sinopse contida nessa edição afirma que “não haverá dois leitores que concordem sobre quem Lily é e sobre o que aconteceu” e a falta de respostas definitivas ao final do livro contribui para corroborar essa afirmação. Eu, particularmente, vejo Lily como alguém fortemente influenciada pela morte de sua irmã ainda criança (a quem ela nem chegou a conhecer) e que passou a vida vendo os pais tentando ignorar a dor, mas esquecendo de viver. Isso lhe deu uma força, uma ânsia de aproveitar a vida ao máximo, mas ao mesmo tempo uma apatia quando diante de uma situação difícil, pois foi isso que ela testemunhou em seus pais a vida inteira.
E mesmo que Lily seja o centro da obra, a autora também procura se aprofundar nos outros personagens (o que inclui histórias de vida que em alguns casos – como o de Sebastien – nada tem a ver com Lily) e faz isso mostrando o relacionamento que têm com a protagonista e como lidam com os desdobramentos de sua acusação. Ou seja, ao mesmo tempo em que “A Estrela” é sobre o assassinato de Katy e o julgamento de Lily, também é sobre as vidas dos personagens que nos apresentam essa história. Pode parecer confuso, mas não é. O problema é que a fim de conseguir se aprofundar em cada uma dessas perspectivas, a autora dedica muito tempo a detalhes pequenos e com isso a história não evolui. A prova disso é que as evidencias que existem contra Lily nas últimas páginas estavam quase todas presentes desde as primeiras (isso se dá também porque o livro já começa a dois passos do fim, temporalmente falando). Com base em tudo isso, minha conclusão é que se você ler o livro pelo caso de assassinato, irá se decepcionar. Mas se você ler pelos personagens, pode vir a gostar. Eu senti um certo distanciamento com relação a todos, mas acredito que essa era a intenção da autora: mostrar que nunca conhecemos 100% alguém e que por mais próximos que estejamos, sempre vemos as vidas alheias a uma distância.
Embora possa parecer confuso (em especial as trocas de pontos de vista aliadas aos saltos temporais) saliento que não é. A estrutura narrativa adotada por DuBois é inusitada e interessante e sua narrativa é fluida. O livro só não tem um impacto maior porque em busca de fazer com que tudo e todos tivessem a mesma importância, sem que nada se sobressaísse, a autora deixou que seu livro ficasse morno.
“A Estrela” foi livremente baseado no caso Amanda Knox (estudante americana de intercâmbio que foi acusada de assassinar sua colega de quarto na Itália) e é um livro que pode agradar ou desagradar, depende do que você procura nele e como lida com o que encontra.
Título: A Estrela (exemplar cedido pela editora)
Autora: Jennifer DuBois
Tradução: Waldéa Barcellos
Nº de páginas: 447
Editora: Rocco
27 comentários:
Oi Mari, tudo bom?
Adorei a sua resenha, ainda não conhecia o livro, espero poder comprá-lo um dia, pena que os livros da Rocco costumam ser mais caros né :/
Um beeijo.
Garota do Livro/
interessante essa resenha eim... mas não sei se leria esse livro!
vou dar mais uam pesquisa sobre este..
eu não o conhecia antes da sua resenha...
obrigado por apresentar :D beijios
http://cantodadomino.blogspot.com.br/
Achei interessante, principalmente a questão de ser contada por pontos de vista diferentes, isso também leva a nossa imaginação além e quebra um pouco aquele costume de tudo ser contado ou pelo narrador ou pelo personagem... Parabéns pela resenha. ;*
http://www.anamariacordeiro.wix.com/pontonoconto
Oi, Mari!
No início realmente parece meio confuso, ainda mais pq tem todos esses pontos de vista dos personagens. Mas acabei entendendo o que a autora quis colocar no livro. Não o conhecia. Mas acho que não conseguiria lê-lo. Mas parece que tem um bom conteúdo.
Beijos.
http://oqueeuanddolendo.blogspot.com.br/
Oi Mari,
Ainda não conhecia a premissa desse livro e pela capa eu nunca ir imaginar que se trata de um "policial". Não sei se leria esse em particular, mas obrigada pela dica!!
Beijos,
http://versosenotas.blogspot.com.br/
Olá Mariana,
Não conhecia esse livro, mas achei bem interessante e mesmo com algumas ressalvas gostaria de ler...ótima dica...bjs.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Oie Mari =)
Nossa, pela capa eu achava que esse livro estava mais para o romance do que para o suspense.
A premissa me pareceu interessante pois curto livros baseados em histórias reais. Gostei da dica! Se tiver oportunidade vou ler sim, mas sem criar muitas expectativas devido as ressalvas que você fez ^^
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Adorei a sua resenha !
Me interessei bastante na leitura , principalmente no fato de ser baseado em um fato real . Com certeza irei ler .
http://coisasdediane.blogspot.com.br/
Ola, Mari.
Ainda não conhecia esse livro e não sei se quero ler. Estava interessada até na parte que você falou que ele foca mais na Lily do que no crime em si. Acho que até leria, mas não nesse momento.
Blog Prefácio
Não sei se lerei. Com certeza leria se fosse sobre o assassinato de Katy. Já comprei um livro que achava que era uma investigação só que descobri que não e fiquei meio frustrada. Bjus.
Comecei a ler sua resenha extasiada, depois fiquei um pouco triste pelo detalhe da autora não ter se aprofundado em nenhuma linha de raciocínio, mas o final, saber que foi baseado em uma história verídica me animou de novo.
Adoro qualquer livro relacionado a crime, e vou ser bem sincera: pela sua sinopse esse parece sair do lugar-comum.
A capa e o nome são sem-graça, e sem ler sua resenha eu não me interessaria não.
Mas adorei!
Meu Meio Devaneio
Oi!
Não conheci o livro mas sua resenha me chamou atenção, parece ser uma ótima leitura.
Abraço
Leitura Fora De Série
A capa do livro não me chamou atenção, então dificilmente eu o compraria apenas pela capa. Após ler a resenha, vi que ele aparenta ser legal, mas, ao mesmo tempo, ele me pareceu um pouco confuso, então não sei se eu leria-o!
Gostei da premissa e a abordagem parece bem bacana mesmo. Acho interessante quando livros de crime enveredam pelo estudo de personagens, pois acompanhamos mais pelo viés psicológico. Porém, pelo que você disse, parece um tanto didático... Será que eu sou do time que o livro vai agradar ou desagradar? Enfim, de qualquer forma eu fiquei interessada, vou adicionar à minha lista sempre crescente ;) Bjks!
http://sonhos-empoeirados.blogspot.com.br/
Confesso que achei a premissa bastante interessante, Mari. A falta de profundidade em algo específico pode mesmo ser um problema, mas acho que ainda leria pela questão dos personagens. Ótima resenha.
Abraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Gente, adoro um bom drama e ainda mais quando ele foi inspirado em um fato real. Como eu não conhecia este livro??? Adoraria poder ler.
Beijo, Vanessa - Balaio de Livros
http://balaiodelivros.blogspot.com.br/
Interessante, não conhecia o livro antes de ler sua resenha.
Bjs
http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/
Olá,
O livro parece ser bacana e saber que ele é inspirado em um caso real torna tudo ainda mais interessante, gostei da premissa dele e estou curiosa pela leitura, mesmo não sendo meu estilo literário favorito.
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
Oi, Mari!
Eu não sei se leria esse livro no momento. A premissa não me atraiu, sabe? Os pontos que você ressaltou, inclusive, me fizeram dispensar a leitura por enquanto.
Mas adorei a resenha (como sempre) e foi até bom vim aqui porque não conhecia o livro.
Abraço!
"Palavras ao Vento..."
www.leandro-de-lira.blogspot.com
Olá, Mari.
Que livro confuso hein, isso de ter quatro narradores não me chama a atenção. Os livros policiais já não me agradam e um assim com tantas informações. Mas achei um ponto positivo no livro, como cada pessoa enxerga a nossa protagonista. Mas essa leitura eu não faria.
Beijos.
Visite: Paradise Books
No início dessa resenha, fiquei com impressão de que esse livro seria confuso mesmo, pois essa estrutura que a autora escolheu não é muito usual. Depois percebi que as coisas se encaixam direitinho e não deixa dúvidas no leitor. Achei a premissa bastante interessante, foi uma pena que a autora tentou seguir os dois caminhos, mas acabou beirando a superficialidade. No mais, gostei da divisão da narrativa entre quatro personagens. Se tiver oportunidade, dou uma conferida.
Seguidor: DomDom Almeida
@_Dom_Dom
Oi Mari, tudo bem?
Não conhecia esse livro, e no começo da resenha fiquei realmente interessada em realizar uma leitura dele também, mas conforme você ia contando mais sobre ele, mais fraca essa vontade ficava :/ O livro pode até não ser assim, devido á boa escrita da autora, mas achei tudo muito confuso, com muitas e muitas voltas a toa. Mas claro, se um dia aparecer a oportunidade, pretendo ler para tirar minha própria conclusão, já que achei o caso do assassinato em sí bem interessante!
Um abraço,
winterbird.com.br
Oláá
acredite ou não, nunca tinha visto resenhas desse livro rsrsrs
mas gostei bastante de seu enredo, e sem falar que o trabalho
grafico de sua capa esta linda, vou anotar, ler outras resenhas e tirar minhas conclusões
Bjks
Passa Lá No Blog - http://ospapa-livros.blogspot.com.br/
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Oi!
Eu não gostei do livro, pareceu confuso. Um livro que não se prende a um fato fica um pouco desanimador, não se sabe o que vai encontrar nele, a não ser uma confusão. Sei que tem livros que não aprofundam os casos, que impera a posição do personagem diante daquilo, mas senti como se nem isso houvesse no livro.
Não o leria.
Bem Mari!
Pelo visto bons livros policiais estão cada vez mais difíceis de serem encontrados.
Por outro lado, aprecio quando podemos ler a personalidade das personagens bem detalhadas e que dão profundidade a identificação.
Como o livro teve por base um fato real, talvez por isso tenha ficado morno, sem muita expectativa... não sei, é o que imagino, porque o autor não teve como desenvolver melhor.
De qualquer forma, gostaria de ler.
Cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Não curto muito essas narrativas divididas, pois ao mesmo tempo que vemos as facetas de um acontecimento, também perdemos detalhes importantes da trama.
Creio eu, que num romance policial não fica legal.
Mas em um romance até que é gostoso de ler, e dá para ver e saber tudo sobre os pensamentos dos personagens.
beijos
Gostei do livro, devorei em um dia. Embora se prolongue demais em detalhes - e poucos diálogos. Minha opinião é que Lily matou a Kate.
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