domingo, 26 de janeiro de 2020

RESENHA: Ao Cair da Noite

Ao Cair da Noite / Stephen King / Contos
Sempre tive uma boa relação com os livros de histórias curtas de Stephen King. Tanto que Quatro EstaçõeseEscuridão Total Sem Estrelas estão entre os meus favoritos do autor. Por isso, há anos eu tinha vontade de conferir “Ao Cair da Noite”, uma coletânea de 13 histórias.

Que Stephen King é um autor absurdamente prolífero isso todo mundo sabe. A impressão que tenho é que ele não escreve porque precisa publicar e sim porque precisa escrever. Não é uma questão de profissão. É uma questão de alma. King tem muitas histórias dentro de si e precisa colocá-las no papel. Tendo dito isso, acredito que algumas dessas histórias sejam escritas mais por diversão do que, realmente, com a intenção de virem a público e foi essa a minha sensação ao ler “Ao Cair da Noite”: de que King escreveu por lazer e que estas histórias jamais deveriam ter chegado ao conhecimento dos leitores.

“Além do mais, sonhos não precisam ter lógica, precisam? Sonhos são poemas do inconsciente.” (KING, 2016, p.109)

É normal que em um livro de histórias curtas existam aquelas que irão cativar mais e as que irão cativar menos. Mas no caso de “Ao Cair da Noite” nenhuma das 13 me fisgou. Nenhuma. Todas têm a cara de King (aquela premissa ligeiramente bizarra da qual ele vai extrair uma situação na qual o leitor vai acreditar piamente), mas não empolgam. Temos histórias de vida após a morte, de obsessão, de animais sinistros. Os temas são diversos e eu não diria que elas são ruins, apenas sem tempero. Algo que, definitivamente, eu não esperava de Stephen King.

Quando resenho livros desse tipo, costumo eleger algumas histórias, aquelas que mais me marcaram, para comentar mais detalhadamente, mas nesse caso não sinto o apelo de fazer isso. Para mim, “Ao Cair da Noite” pareceu o programa de férias de Stephen King: para espantar o tédio, ele escreveu.

Título: Ao Cair da Noite
Autor: Stephen King
N° de páginas: 398
Editora: Suma
Exemplar cedido pela editora

8 comentários:

RUDYNALVA disse...

Mari!
Nem sei o que comentar, acredita?
É que quando lemos os melhores livros do King, esperamos sempre que tudo que ele escreve, seja bom...
Não ver emoção nenhuma em um livro com 13 histórias chega a ser chocante.
cheirinhos
Rudy

Rubro Rosa disse...

Eita!rs
Acho que é a primeira resenha assim que leio, ainda mais de uma obra do Mestre King. Também penso que ele escreva por ter coisa dentro de si mesmo e precise, sinta necessidade de colocar no papel.
Primeira resenha que leio deste livro e estou aqui, meio sem saber o que pensar ou sentir.
Se puder, creio que lerei sim.rs só pra tirar essa dúvida de mim!
Afinal, é King!
Beijo

Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

Gabriela CZ disse...

Nem sei o que dizer, Mari. Mas acho que ainda leria pra ver o quão decepcionante é por mim mesma. Ótima resenha.

Beijos!

Fabiolla Devenz disse...

Nunca li nada do King, mas as resenhas e os enredos de seus livros despertam muito a minha curiosidade. Mas uma pena que nesses contos ele deixou a desejar, já que pelo que leio do autor, ele apresenta uma escrita fantástica.

Giovanna Talamini disse...

Vish! Não sabia que King tinha um livro de contos. Eu adoro histórias curtas, acredito que daria uma chance ao livro "Ao Cair da Noite", mas leria com um pézinho meio atrás de que vai ser ruim.

Achei poético isso de escrever pois ele precisa escrever. Um dia quero chegar nesse patamar.

Carolina Santos disse...

Por ser pequenos contos Esse livro me chamou atenção mas eu não fiquei com impressionada com os contos ou com o livro em si

Luana Martins disse...

Oi, Mari
A capa do livro é linda e chama atenção.
O quote é perfeito!
Não conhecia esse livro, vai para a lista de desejos. Espero poder ler e ter minha opinião.
Beijos

Elizete Silva disse...

Olá! Não é segredo para ninguém que eu fujo um pouco das letras do King, em razão desses enredos cheios de sangue, violência e elementos sobrenaturais, até acho que um livro assim de contos seria uma boa alternativa, por apresentar enredos mais curtos, mas acredito que nesse caso específico não seria o ideal, já que parece que o autor não conduziu tão bem assim suas histórias.

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