quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Quem vem para o jantar? # 06

"Quem vem para o jantar?" é a coluna mensal do Além da Contracapa em que um jantar fictício se torna a ocasião em que personagens e autores interagem em encontros inusitados. 

Considerando os convidados que haviam confirmado presença, percebi que minha humilde residência não seria o lugar ideal para o jantar deste mês. Uma idéia me ocorreu, e imediatamente contatei Carrapicho, solicitando que reservasse uma mesa para três em um canto mais afastado do bar.

Para aqueles que desconhecem o lugar ao qual me refiro, esclareço: trata-se d’O Pônei Saltitante, uma simpática e aconchegante taverna/estalagem, localizada na cidade de Bri, nas proximidades do Condado.


Sendo assim, você já pode imaginar quem é o primeiro convidado, certo? Ele mesmo, J. R. R. Tolkien, também conhecido como o pai da literatura fantástica.

Admito que, até o momento, apenas li seus livros mais conhecidos, a citar, Senhor dos Anéis e O Hobbit, contudo pretendo corrigir parte desta falha ainda neste ano. De toda forma, creio que os livros que li me permitem afirmar que a obra de Tolkien é simplesmente magistral. Possuidor de uma criatividade impar — capaz de concatenar uma trama grandiosa de forma perfeita — e de uma narrativa hábil, Tolkien foi o primeiro a fazer de livros fantásticos verdadeiros clássicos da atualidade.

O segundo convidado é ninguém menos que George R. R. Martin, a quem é atribuído o título de renovador da literatura fantástica.

Novamente reconheço que li somente os dois primeiros volumes da saga de Martin, porém, também creio que estes foram o suficiente para afirmar que o título dado ao autor é mais do que justo. Em minha opinião, desde Tolkien a literatura fantástica estava órfã, pois o que tínhamos eram livros sem originalidade e/ou com a profundidade de um pires. Creio que o hiato entre estes grandes autores foi como um longo e gélido inverno, que felizmente começa a se dissipar.

Agora, voltemos para Martin. Um escritor hábil e com imaginação fértil, que embora tenha se inspirado em Tolkien, não se limitou a copiar sua obra, trazendo a literatura fantástica para um novo patamar. Muito embora o fantástico não tenha sido explorado ostensivamente nas primeiras obras, percebemos que alguns elementos têm sido preparados para os volumes seguintes.

E lá estava eu, em um canto afastado e menos barulhento d’O Ponei Saltitante, com uma taça de hidromel na mão e um sorriso bobo nos lábios, aprendendo com os maiores mestres que a literatura fantástica já teve.

Após muita discussão sobre a Terra Média e Westeros, orcs e white walkers, anéis de ouro e trono de ferro, guardiões e patrulheiros da noite, os escritores me revelaram, após alguma insistência, de onde surgiu inspiração para a criação de toda uma saga épica.

Já era de madrugada quando demos a noite por encerrada, não sem antes brindar à literatura fantástica:

- Que tenha vida longa, seja frutífera e permaneça fantástica! - falamos em uníssono.


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2 comentários:

Débora disse...

Adoro essa coluna no blog de vcs :) Como eu queria ser convidada pra esses encontros secretos hehehehe! Mas e a inspiração para a criação de épicos, da onde vem, não vai contar hehehe? Esses autores são ótimos, grandes exemplos de criatividade literária que não se resume vai além da 'profundidade de um pires' (gostei dessa expressão)!
Bjos
Débora
Introducing you a Book

cath´s m. disse...

Eu não sei se perguntaria muitas coisas ao George ou xingaria ele pelos lobos que já morreram.

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