“Às vezes eu gritava perguntas às rochas e às arvores e através dos desfiladeiros, ou cantava como um tirolês – ‘o que significa o vazio?’ A resposta era o silêncio perfeito, e então eu entendia.” (KEROUAC, 2012, p.36)
É claro que eu já havia ouvido falar, e muito, de Jack Kerouac e, principalmente, do seu “On The Road”, mas foi “Cenas de Nova York e outras viagens” o primeiro livro que li do autor e no qual encontrei um texto diferente dos que costumo ler. Como explicar a minha sensação? A mim parece que o autor sentou e escreveu. Simples assim. Que as palavras vieram - ora aos poucos, ora em enxurradas - e ele as foi transcrevendo ao longo de uma madrugada solitária e ao fim desta mesma madrugada deu o texto por encerrado, sem fazer nele uma única revisão que fosse. Não entenda por essa minha última frase que estou dizendo que o texto não é bom. De jeito nenhum. Isso foi o que eu achei mais incrível na narrativa de Kerouac. É um texto – como posso dizer? – cru e ao mesmo tempo extremamente visual. Além de ser muito fácil enxergar as cenas e pessoas descritas pelo autor, todas soam muito reais. Parece que tudo acontece ao mesmo tempo, ao seu redor, e ele está ali apenas registrando tudo o que vê – como uma câmera, mas usando como lente suas palavras – e o que isso o faz sentir.
“Cenas de Nova York e outras viagens” conta com três crônicas, um poema e uma apresentação do autor por ele mesmo. Seus temas são a noite de Nova York, a solidão e a vida dos vagabundos.
Título: Cenas de Nova York e outras viagens
Autor: Jack Kerouac
Nº de páginas: 64
Editora: L&PM
É claro que eu já havia ouvido falar, e muito, de Jack Kerouac e, principalmente, do seu “On The Road”, mas foi “Cenas de Nova York e outras viagens” o primeiro livro que li do autor e no qual encontrei um texto diferente dos que costumo ler. Como explicar a minha sensação? A mim parece que o autor sentou e escreveu. Simples assim. Que as palavras vieram - ora aos poucos, ora em enxurradas - e ele as foi transcrevendo ao longo de uma madrugada solitária e ao fim desta mesma madrugada deu o texto por encerrado, sem fazer nele uma única revisão que fosse. Não entenda por essa minha última frase que estou dizendo que o texto não é bom. De jeito nenhum. Isso foi o que eu achei mais incrível na narrativa de Kerouac. É um texto – como posso dizer? – cru e ao mesmo tempo extremamente visual. Além de ser muito fácil enxergar as cenas e pessoas descritas pelo autor, todas soam muito reais. Parece que tudo acontece ao mesmo tempo, ao seu redor, e ele está ali apenas registrando tudo o que vê – como uma câmera, mas usando como lente suas palavras – e o que isso o faz sentir.
“Cenas de Nova York e outras viagens” conta com três crônicas, um poema e uma apresentação do autor por ele mesmo. Seus temas são a noite de Nova York, a solidão e a vida dos vagabundos.
Título: Cenas de Nova York e outras viagens
Autor: Jack Kerouac
Nº de páginas: 64
Editora: L&PM
7 comentários:
Oi Mari!
Nossa, eu adorei sua resenha, sério!
Ela foi tão verdadeira e ligada ao que você sentiu durante a leitura que é quase impossível não entender o que você quis dizer!
Eu só fiquei conhecendo o autor depois do lançamento do filme de On The Road, acredita?
Fiquei curiosa pela maneira que ele escreveu essas crônicas!
Beijão!
Oi, Mari!
Nunca li nada do Jack, mas confesso que esse me pareceu ainda mais interessante do que o On the Road! Gostei muito do que você disse na resenha, o autor parece ter um talento singular para a escrita por ser capaz de passar essa impressão tão natural, mas ao mesmo tempo tão boa!
Beijos!
Eu estou curiosa pelo livro e pelo filme on the road por tudo que já tinha ouvido falar há algum tempo.
Não conheço o trabalho do autor, mas já ouvi coisas parecidas e fico muito curiosa para experimentar.
Mais um incentivo então. Valeu!
liliescreve.blogspot.com
"On the road" é um dos meus livros de cabeceira. Diz a lenda que Kerouac o escreveu em um rolo de telégrafo para não precisar trocar o papel na máquina de escrever e assim não perder o fluxo narrativo. Assim foi escrito, assim deve ser lido, porque, acima de tudo, assim foi vivido.
Abraço,
Leonardo
Oie Mari!
Ao contrário de você eu nunca ouvi falar desse autor.
Será que eu leio pouco ou só não é meu genero?? rsrsrs
Bjus,
Débora Koenig
Tinha visto umas resenhas sobre ele, alguns criticaram e outros falaram super bem. Eu gostei particularmente! Mas não é um livro láaa essas coisas.
Não conhecia esse autor. Até que eu achei interessante esse seu relato. Gostei do proço do livro também. Rsrsrsrs
Se tiver oportunidade, lerei sim!
Seguidor: DomDom Almeida
@_Dom_Dom
Postar um comentário