“Ninguém estava mais próximo dele do que eu, e, ainda assim, sempre tive consciência do abismo que nos separava.” (DOYLE, 2012, p.28)
Acredito que seja seguro dizer, sem correr o risco de estar exagerando, que Sherlock Holmes é um dos personagens mais famosos da literatura. Mesmo os que nunca leram ao menos um conto protagonizado pelo célebre detetive inglês conhecem sua capacidade de dedução, seu cachimbo, seu chapéu e seu grande amigo: o Dr. John Watson.
Embora a maioria das histórias protagonizadas por Holmes sejam contos, eu prefiro os romances, não apenas por preferir histórias que tem a chance de se desenvolver mais, mas também porque nelas o detetive pode brilhar mais, resolvendo inúmeros quebra-cabeças que surgem no decorrer do caso em questão.
Dito isso, dentre os dois contos apresentados nesse livro, gostei mais de “A aventura de um cliente ilustre” do que de “O último adeus de Sherlock Holmes”, principalmente por esta razão. Enquanto no primeiro Holmes tenta impedir o casamento de uma moça com um terrível assassino austríaco; no segundo, ele se envolve em uma trama de espionagem. No primeiro temos a clássica relação de Holmes e Watson do início ao fim; no segundo, Holmes aparece apenas nas páginas finais. Por fim, no primeiro temos a tradicional narrativa em primeira pessoa feita por Watson, enquanto no segundo a narrativa é feita em terceira pessoa. No geral minha sensação é que “A aventura de um cliente ilustre” é um caso que Sherlock precisa resolver e que o leitor o acompanha enquanto o faz. Já “O último adeus de Sherlock Holmes” é um caso praticamente resolvido que só é contado para o leitor para que este tenha conhecimento de mais essa aventura do detetive, mesmo que não tenha a oportunidade de se aventurar junto.
O livro conta ainda com um prefácio no qual Conan Doyle fala sobre a jornada de seu personagem mais ilustre e sua decisão de encerrá-la, o que o autor tentou fazer mais de uma vez.
São inúmeras as adaptações que a obra de Conan Doyle já recebeu. Uma das mais recentes é a excelente série “Sherlock”, que tem Benedict Cumberbatch no papel do detetive e Martin Freeman como seu inseparável amigo Watson, e traz a dupla para os dias atuais. Vale a pena (e muito!) conferir.
Autor: Sir Arthur Conan Doyle
Nº de páginas: 64
Editora: L&PM
4 comentários:
Também acho que Sherlock Holmes é uma das personagens literárias mais conhecidas do mundo. Mas confesso que nunca li nada dele, assisti apenas o primeiro filme. Preciso me jogar nos casos dessa dupla pra lá de interessante.
Seguidor: DomDom Almeida
@_Dom_Dom
Sou grande fã de Sherlock Holmes. Tanto dos livros quanto da série do Steven Moffat. Confesso que ainda não li os contos citados acima e como você prefiro os romances. Meu preferido é "O vale do terror", mas pretendo algum dia poder dizer que li todo o material publicado por Conan Doyle sobre o detetive. Bom fim de semana!
Oi, Mari!
Eu nem consigo dizer o tamanho da minha loucura por Sherlock haha Sou fã desde pequenininha e, que eu me lembre, foi um dos primeiros livros que li. Já li quase a sua obra inteira, tenho um livro volume único com a obra completa e, apesar de geralmente preferir, como você, romances completos do que contos, no caso de Sherlock eu realmente não consigo me decidir, adoro os contos tal qual os romances e sou igualmente fascinada por eles. No caso da Agatha Christie, por exemplo, apesar de adorar os contos, indubitavelmente eu prefiro os romances rs
Gostei da resenha! Já li os dois contos, e por mais que não tenha uma lembrança nítida da história, gostei muito dos dois ^^
Ah, você mencionou a série da BBC e também gosto muito, achei a adaptação para os tempos modernos muito boa. Mas, ultimamente ando viciada em Elementary, você já assistiu? É também uma adaptação de Sherlock Holmes para os dias de hoje, com a diferença que Watson é uma mulher, interpretada pela Lucy Liu. É bem interessante e até o momento estou achando muito bom!
Beijos!
Mari, olá!
Sua menção e resenha a respeito desse livro me fizeram lembrar que eu necessito ler algo protagonizado por Holmes... e logo, de preferência.
Gostei da sua resenha, mas ainda não sei se seria uma opção de leitura para mim. Apesar de apreciar, não costumo vingar em leitura que digam respeito a contos. Gosto mais de histórias com começo, meio e fim... consistentes, intricadas e emaranhadas de mistérios, que me faça pensar. Mas, não sei, talvez eu acabe dando uma chance, hm!?
Um abraço!
http://universoliterario.blogspot.com.br
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