Especial de Fim de Ano - Parte 1.2

Está no ar mais um Especial de Fim de Ano no Além da Contracapa. Quem acompanha o blog há mais tempo, já sabe o que vem por aí. Para quem nunca viu os nossos especiais, eis uma breve explicação: todo ano, fazemos um especial dividido em três partes. Na primeira, comentamos como foram as leituras dos livros que, no especial do ano anterior, elegemos como as nossas maiores expectativas para esse ano. Na segunda, vocês ficam sabendo quais foram as nossas melhores leituras de 2018. Por fim, contamos para vocês quais os livros que estão no topo da nossa lista de desejados para 2019. 

Na primeira parte do especial deste ano, vocês podem conferir a lista do Alê sobre as maiores expectativas literárias de 2018. 

3º lugar: Me chame pelo seu nome

Estava com expectativas em alta em virtude dos inúmeros elogios que a adaptação cinematográfica recebeu — a qual ainda não assisti, diga-se de passagem — e confesso que esperava um pouco mais do livro. Por um lado, achei a obra bem escrita e a genialidade do autor é evidenciada por um texto que revela em cada palavra a paixão e o desejo de um adolescente de dezessete anos que não sabe lidar com seus sentimentos. Porém, achei que os personagens não conseguiram estabelecer uma conexão maior com o leitor. E sem essa conexão, a trama relativamente simples e linear não conseguiu me empolgar o suficiente.  Mesmo sem alcançar minhas expectativas, ainda assim considerei Me chame pelo seu nome uma leitura prazerosa. 

2º lugar: Anna Karienina

Estava nos meus planos para esse ano me redimir do pecado de nunca ter lido um dos autores russos clássicos. A ideia era conferir Anna Karienina, uma das obras-primas de Liev Tolstói. Infelizmente, acabei protelando a leitura durante o ano inteiro em virtude do tamanho do livro: um tijolão com mais de oitocentas páginas. Como acabei lendo menos do que nos anos anteriores, não consegui ter um estoque de resenhas que me permitisse o tempo necessário para devorar uma obra desse tamanho sem comprometer o cronograma do blog. Meta não cumprida este ano, mas que permanece para o próximo. 

1º lugar: O Garoto no Convés

Depois de ter lido O Pacifista, que foi minha melhor leitura do ano passado, meu desejo era ler todos os livros possíveis de John Boyne. Minha primeira escolha foi O Garoto no Convés e mais uma vez encontrei os elementos que sempre encontro nos livros do autor: personagens bem desenvolvidos e reflexões profundas. Entretanto, preciso admitir que achei a estória um pouco enrolada, o que acabou minando meu envolvimento com o livro. Apesar de ser uma boa leitura e mostrar a versatilidade do autor que consegue escrever para públicos diferentes, preciso reconhecer que este foi o livro mais fraco que li de Boyne. A meu ver, os outros três livros do autor que li esse ano superaram em muito O Garoto no Convés.