“Conor diz que presentes não são importantes, mas eu acho que são, não pelo quanto você paga por eles, mas sim pela oportunidade que oferecem de dizer Eu entendo você.” (LEVITHAN, 2014, p.151)
Não sou uma daquelas pessoas que adora histórias natalinas. Ainda assim, fiz questão de ler “O presente do meu grande amor”, o que confesso ter sido mais pelo conjunto dos nomes que assinavam o livro do que pela proposta de 12 contos acerca dessa época do ano.
Algo que contribui para que o livro funcione como um todo é o equilíbrio que existe entre os contos e que se manifesta de duas formas: a primeira é o número de páginas e todos tem praticamente o mesmo. Isso evita que um conto tenha mais destaque que outro e que o leitor se conecte mais com uma determinada história apenas por ela ter um espaço maior de narrativa. A segunda é a mescla entre histórias que abordam o natal de maneira mais mágica (poderia até dizer sobrenatural) com histórias ambientadas nessa época, porém com uma abordagem mais realista. Eu, particularmente, não gostei tanto dos contos mais mágicos, mas consegui me conectar com os outros. Destaco alguns: “Papai Noel por um dia” (David Levithan), quando um rapaz concorda em se vestir de Papai Noel para surpreender a irmã mais nova do seu namorado; “Meias-Noites” (Rainbow Rowell), que narra os encontros de dois adolescentes em várias noites de ano-novo e a evolução do seu relacionamento; “Anjos na Neve” (Matt de la Peña), e a história de dois universitários solitários que vivem em Nova York e passam as festas de fim de ano longe da família; “Que diabos você fez, Sophie Roth?” (Gayle Forman), protagonizado por uma nova yorkina bolsista em uma universidade do interior que esbarra em um desconhecido com quem tem muitas coisas em comum; “Bem vindo a Christmas, Califórnia” (Kiersten White), a história de uma adolescente que trabalha na lanchonete de sua mãe e sonha com o dia que irá embora da cidade; e “Estrela de Belém” (Ally Carter) que tem início quando duas moças trocam suas passagens de avião e uma delas irá conhecer a família do namorado da outra.
Além do tema natalino, outro elemento comum a todos os contos são as histórias de amor. Casais que já são casais, casais que se tornam casais, casais que se formam graças a uma situação inusitada. Em “O Presente do meu grande amor” existe um pouquinho de tudo e não é a toa que a capa do livro mostra doze casais, cada um de um conto. Estando atendo aos detalhes da imagem, o leitor pode reconhecer a dupla protagonista de cada história.
Como todo livro de contos, é de se esperar que algumas histórias agradem mais do que outras, mas nem sempre isso quer dizer que a qualidade oscila. Tudo depende do que cativa mais um leitor e o que cativa mais o outro. A magia, que fez com que eu não gostasse de alguns contos, pode ser exatamente o que venha a encantar outros. De maneira geral, mesmo não sendo uma entusiasta de histórias natalinas, gostei de “O presente do meu grande amor”.
“Existem dois tipos de criança. As que acreditam e as que não acreditam. A cada ano, parece haver no mundo menos crianças que acreditam. Papai diz que não é fácil pedir a uma criança que acredite em algo que ela não pode ver, que isso em si é uma mágica. Diz que, se você tem essa mágica dentro de si, deve protegê-la por toda a vida e nunca deixar que se perca, porque, uma vez perdida, é para sempre.” (HAN, 2014, p. 104)
Título: O Presente do meu Grande Amor (exemplar cedido pela editora)
Autora: Stephanie Perkins (org.)
Nº de páginas: 350
Editora: Intrínseca
Não sou uma daquelas pessoas que adora histórias natalinas. Ainda assim, fiz questão de ler “O presente do meu grande amor”, o que confesso ter sido mais pelo conjunto dos nomes que assinavam o livro do que pela proposta de 12 contos acerca dessa época do ano.
Algo que contribui para que o livro funcione como um todo é o equilíbrio que existe entre os contos e que se manifesta de duas formas: a primeira é o número de páginas e todos tem praticamente o mesmo. Isso evita que um conto tenha mais destaque que outro e que o leitor se conecte mais com uma determinada história apenas por ela ter um espaço maior de narrativa. A segunda é a mescla entre histórias que abordam o natal de maneira mais mágica (poderia até dizer sobrenatural) com histórias ambientadas nessa época, porém com uma abordagem mais realista. Eu, particularmente, não gostei tanto dos contos mais mágicos, mas consegui me conectar com os outros. Destaco alguns: “Papai Noel por um dia” (David Levithan), quando um rapaz concorda em se vestir de Papai Noel para surpreender a irmã mais nova do seu namorado; “Meias-Noites” (Rainbow Rowell), que narra os encontros de dois adolescentes em várias noites de ano-novo e a evolução do seu relacionamento; “Anjos na Neve” (Matt de la Peña), e a história de dois universitários solitários que vivem em Nova York e passam as festas de fim de ano longe da família; “Que diabos você fez, Sophie Roth?” (Gayle Forman), protagonizado por uma nova yorkina bolsista em uma universidade do interior que esbarra em um desconhecido com quem tem muitas coisas em comum; “Bem vindo a Christmas, Califórnia” (Kiersten White), a história de uma adolescente que trabalha na lanchonete de sua mãe e sonha com o dia que irá embora da cidade; e “Estrela de Belém” (Ally Carter) que tem início quando duas moças trocam suas passagens de avião e uma delas irá conhecer a família do namorado da outra.
Além do tema natalino, outro elemento comum a todos os contos são as histórias de amor. Casais que já são casais, casais que se tornam casais, casais que se formam graças a uma situação inusitada. Em “O Presente do meu grande amor” existe um pouquinho de tudo e não é a toa que a capa do livro mostra doze casais, cada um de um conto. Estando atendo aos detalhes da imagem, o leitor pode reconhecer a dupla protagonista de cada história.
Como todo livro de contos, é de se esperar que algumas histórias agradem mais do que outras, mas nem sempre isso quer dizer que a qualidade oscila. Tudo depende do que cativa mais um leitor e o que cativa mais o outro. A magia, que fez com que eu não gostasse de alguns contos, pode ser exatamente o que venha a encantar outros. De maneira geral, mesmo não sendo uma entusiasta de histórias natalinas, gostei de “O presente do meu grande amor”.
“Existem dois tipos de criança. As que acreditam e as que não acreditam. A cada ano, parece haver no mundo menos crianças que acreditam. Papai diz que não é fácil pedir a uma criança que acredite em algo que ela não pode ver, que isso em si é uma mágica. Diz que, se você tem essa mágica dentro de si, deve protegê-la por toda a vida e nunca deixar que se perca, porque, uma vez perdida, é para sempre.” (HAN, 2014, p. 104)
Título: O Presente do meu Grande Amor (exemplar cedido pela editora)
Autora: Stephanie Perkins (org.)
Nº de páginas: 350
Editora: Intrínseca
14 comentários:
Oi Mari!
Eu também não sou fã histórias natalinas, mas esse livro, especialmente, eu tenho vontade de ler. E sim, os autores dos contos também chamam minha atenção. Eu geralmente tenho medo de ler coletâneas de contos justamente pelo fato de eu gostar muito de uns e detestar outros. Espero de verdade que isso não aconteça com “O Presente do meu grande amor”.
Beijo!
http://www.roendolivros.com/
Mari, infelizmente comprei este livro DEPOIS do Natal e estou com muita vontade de lê-lo. Mas acho que vou tentar guardar para o próximo Natal mesmo, porque não estou no pique dessa festa agora não rs
Beijos,
Caroline, do criticandoporai.blogspot.com
Também não sou de ler histórias e contos natalinos. Tem bastante páginas e acredito que os contos sejam bem legais. Além de ter sobrenaturais. É bem diversificado, porém, conta cada um com vários casais, e isso foi o que me atraiu.
Abraços Mari,
ThayQ.
Li esse livro mais na intenção de conferir a narrativa de alguns autores que queria muito conhecer. Gostei muito e até me surpreendi com alguns, Mari. Gostei tanto dos mais realista quanto dos mágicos, só o da Kelly Link que não desceu muito. [rs] Ótima resenha.
Abraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Oi Mari
Ai que maneiro os casais da capa, não tinha reparado. show!
O conto "Estrela de Belém" parece ser super divertido e inesperado, sem nem o que eu faria se isso acontecesse comigo.
Já tô louca por esse livro agora então depois da resenha, vou ter comprar. :)
bj
Não sou uma super fã de contos, mas quando vi o livro desfilando pelo facebook, fiquei interessada justamente pelos autores.
Beijinhos, Helana ♥
In The Sky, Blog / Facebook In The Sky
Olá, Mari.
Li algumas resenhas desse livro e fiquei muito curiosa com os contos. Uma pessoa falou que o conto da Holly Black e tipo "estranho" e elogiou alguns outros. Com isso minha curiosidade aguçou a descobrir quais contos me agradariam.
Beijos.
Visite: Paradise Books BR // Sorteio Fim de ano
Oi, Mari, adorei a resenha.
Também não sou muito fã de livros com época natalina, acho que parece um pouco forçado, não sei. Li Anjos à mesa e confesso que detestei.
Bom, eu não tinha reparado ainda nos casais na imagem e sequer sabia que eram personagens dos contos. Bem diferente isso e adorei saber.
Quem sabe eu o leia; por enquanto, não, rs.
http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br
Gostei bastante desse livro, e achei interessante que os seus contos favoritos foram justamente os de que menos gostei. "Papai Noel por um dia" e "Meias-noites" foram os mais fraquinhos, na minha opinião - e os meus favoritos foram os que têm elementos de fantasia.
www.blogsemserifa.com
Eu adorei esse livro. Além de ter vários autores que adoro, a temática surgem histórias de vários níveis e gêneros. Gostei muito do da Jenny Han, do Matt de la Peña (único autor que eu não conhecia :P) e da minha mini diva, Rainbow Rowell haha
Um ponto que destacou e concordo é que os textos tem um número de páginas muito próximo, sendo assim, não há destaque para um autor só. O que ficou bem bacana :D
Beijos,
Amy - Macchiato
Adorei a resenha, livros de contos tem isso mesmo alguns vc gosta outros não e por isso fica difícil avaliar..
eu sou daquelas que só gosto de histórias natalinas na época de natal, sei lá parece que se vc ler/assiste fora da época metade da história perde o sentido. digo isso por experiência a primeira ver que eu assisti o grinch foi no meio do ano e eu: tá e daí? anos mais tarde eu já tinha até esquecido e assisti na véspera de natal e parecia ser uma história totalmente diferente.
e o mais engraçado é q no começo de dez eu ouvi falar do livro fiquei curiosa mas acabei me esquecendo dele (dezenas de livros na lista....) então se eu for ler esse livro, agora só no final do ano.
A seleção de autores é bem legal mesmo. Fiquei até surpreso com alguns. Nunca cheguei a ler alguma história que fosse ambientada nessa época do ano, mas não porquê não goste, mas foi questão de não me interessar pelas tramas em si. Enfim, por ser um livro de contos, e por ter esses autores conhecidos, acho que vale a pena dar uma conferida.
Seguidor: DomDom Almeida
@_Dom_Dom
Oi Mari :D
Eu já gosto bastante de histórias com temas natalinos, e por se tratar de contos, que pra mim na maioria das vezes são leituras rápidas e leves eu fiquei bem curiosa pra ler o livro.. Pelas resenhas percebi que a maioria dos contos não são exatamente o que o leitor esperava e foram um tanto decepcionante! Minha maior vontade é de ler o conto da Gayle Forman, gosto da escrita da autora, então acho que também vou gostar desse! Ainda quero ter e oportunidade de ler o livro, mesmo já passando o final do ano, acho que vai valer a pena.
Bj
Oi!
Confesso que meu interesse por este livro também é pelos autores que escrevem estes contos, e não pela época em si, que para mim não tem todo esse valor que a maioria enxerga.
Mais pra frente tentarei ler.
Beijos.
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