sábado, 13 de outubro de 2018

RESENHA: Para todos os garotos que já amei

Para todos os garotos que já amei
Confesso que não tenho o costume de assistir muitos filmes. E, para minha surpresa, um trailer que me chamou atenção foi o de Para todos os garotos que já amei, que anunciava uma estória leve, engraçada e inteligente. Dei uma chance para o filme, que me surpreendeu demais. Em seguida, vi que John Green em pessoa estava elogiando a obra de Jenny Han, de modo que também decidi dar uma chance para o livro. 

Lara Jean já se apaixonou cinco vezes. E a cada nova paixão ela escreve uma carta, onde pode deixar fluir todos os seus sentimentos. Após escrevê-las, Lara as guarda em uma caixa e então segue sua vida, sem ser consumida por aquela paixão avassaladora. Porém, um dia, todas as cartas são enviadas aos seus destinatários e Lara não sabe como lidar com a situação. 

O livro é narrado em primeira pessoa por Lara Jean, de modo que o leitor tem um contato muito próximo com a protagonista. Entretanto, um dos aspectos que me desagradou um pouco foi perceber a imaturidade da personagem em diversas situações. Eram ações ou pensamentos que me pareciam em dissonância com a idade da protagonista. 

Entretanto, preciso reconhecer que Lara é uma protagonista complexa e multifacetada, sendo que as experiências que vive ao longo da estória acarretam em um vívido amadurecimento da personagem. Aos poucos, vemos que ela fica mais segura de si mesma, mais independente e corajosa. 

“Margot diria que pertence a si mesma. Kitty diria que não pertence a ninguém. E acho que eu diria que pertenço às minhas irmãs a ao meu pai, mas isso nem sempre será verdade. Pertencer a alguém ... Eu não tinha percebido, mas, agora que estou pensando no assunto, parece que é tudo o que eu sempre quis. Ser de alguém de verdade, e que essa pessoa fosse minha.” (HAN, 2015, p. 172)

Além disso, também achei o ritmo um pouco lento e arrastado. Há diversas cenas que pouco acrescentam e que não servem para o desenvolvimento da trama. A meu ver, ficou claro que a autora não precisava das mais de trezentas páginas para contar a estória e fico me perguntando porque ela decidiu escrever uma trilogia. 

Infelizmente, Han optou por desenvolver um triangulo amoroso que, além de absolutamente clichê, não é verossímil. Além de uma paixão que parece surgir do nada, fica claro que o personagem em questão apenas desenvolve esse súbito interesse por Lara Jean em virtude das consequências que isto causará na estória. 

A adaptação corrigiu esses defeitos, então encontramos uma protagonista mais madura e com uma personalidade mais cativante, sendo que tanto os eventos desnecessários quanto o triangulo amoroso forçado são excluídos da estória. No fim das contas, o filme acabou sendo leve, divertido e despretensioso como eu esperava que fosse ser o livro.

Para assistir ao trailer, clique aqui

Título: Para todos os garotos que já amei
Autora: Jenny Han
N.º de páginas: 315
Editora: Intrínseca
Exemplar cedido pela editora

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8 comentários:

Rubro Rosa disse...

Eu penso que neste caso, o filme conseguiu ser melhor que o livro(e olha que isso é raro),mas também acredito que seja pela empatia que os atores escolhidos causaram.
Acabei lendo dois livros desta trilogia, ainda falta o último, mas também penso que daria para ter resolvido o drama de Lara em um único livro.
Mas...há os leitores que amaram, então, talvez a autora tenha acertado.
Mesmo com alguns pontinhos negativos, é uma leitura válida sim, para leitores que querem um enredo mais leve, familiar e suspirante. E também uma adaptação super recomendada!!!
Beijo

Alice Duarte disse...

Oiii Alê

Ja imaginei que fosse um livro lento e mais arrastado, poxa uma história simples a autora optou por tornar trilogia, aí já viu, claro que deve enrolar bastante pra chegar aos finalmentes da trama. Tb não curto muito triângulso amorosos e quando soube que tinah aqui tb fiquei com o pé atrás, além do fato de que todos os livros que li da Jenny Han não conseguiram me conquistar de jeito nenhum, decidi riscar essa trilogia da lista há algum tempo, apesar do hype ao redor dela.

Beijos

www.derepentenoultimolivro.com

Gabriela CZ disse...

Como sempre me pareceu uma história muito adolescente nunca me interessei, Alê. E se é arrastada não quero mesmo. Mas se o filme corrigiu as falhas e é divertido acho que darei uma chance. Ótima resenha.

Beijos!

Ludyanne Carvalho disse...

Amo essa trilogia!!
Gostei muito do filme, conseguiram deixar lindo e sem tirar a essência da história.
Acho a Lara Jean fofa, ela é muito inocente e aos poucos vai tendo esse amadurecimento; isso fica mais perceptível nos outros livros.
É uma leitura leve e muito prazerosa.

Beijos

RUDYNALVA disse...

Alê!
Acabamos lembrando de tudo o que passamos nessa época e é até bom.
Achei bem interessante ver Lara amadurecer e ainda se meter em um romance nada haver com ela, porém que a ajudou.
Bem, não li o livro, nem assisti o filme e confesso que fiquei feliz em ver essa resenha por aqui, bem diferente dos livros que você costuma ler.
Desejo uma semana feliz!
“Algumas quedas servem para que levantemos mais felizes.” (William Shakespeare)
cheirinhos
Rudy

Ana Paula Santos Moreira disse...

Ainda não sei se vou ler ao livro por falta de tempo, mas vi o trailer do filme e me agradou muito. Talvez futuramente eu leia o livro.

Luana Martins disse...

Oi, Alê
Não li a trilogia, mas assisti o filme e adorei.
Como Lara Jean é jovem e ao longo do livro ela amadurece, espero que os outros livros sejam de dar um quentinho no coração.
Beijos

Ana I. J. Mercury disse...

Alê,
não me interessei tanto pelos livros, mas quando saiu a adaptação vi tantos comentários positivos, que decidi assistir, vi metade e dormi no resto de cansaço mesmo, mas estava amando.
Vou terminar de ver o filme em breve, rsrsrsrs e daí se gostar, penso se leio os livros ou não.
Pela sua resenha deu pra ver que o livro é bem da maneira que eu já achava que era, bem adolescente, com personagens ainda imaturos.
bjs

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