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terça-feira, 12 de junho de 2012

ESPECIAL: Sugestões para o Dia dos Namorados

“O que mais é o amor? A mais discreta das loucuras, fel que sufoca, doçura que preserva” (SHAKESPEARE - Romeu, primeiro ato, cena I)

Em um dos dias mais românticos do ano, não poderíamos deixar de fazer uma lista com cinco livros especiais para serem lidos, ou quem sabe presenteados, no Dia dos Namorados.


Em se tratando de romance, não se pode deixar de mencionar esta que é uma das mais clássicas, e trágicas, histórias de amor. “Romeu e Julieta” de William Shakespeare é uma daquelas histórias que todo mundo conhece, sabe que o final não vai ser como se deseja, mas ainda assim vale a pena ler, até porque, Shakespeare é Shakespeare. Quem mais poderia ter escrito a citação que inicia este post se não ele?


Mas se você procura uma história de amor que não acabe em tragédia e que não lhe arranque lágrimas, ou melhor - corrijo o que disse - pode até lhe arrancar lágrimas, mas vai ser de tanto lhe fazer rir, a dica é “Qual seu número?” que, através de uma narrativa leve, conta uma história divertidíssima vivida por personagens carismáticos. Impossível terminar o livro sem gostar de Delilah e Colin.


Mas se você está cansado de ler sobre estórias quase impossíveis e amores absurdos, a dica é "Um dia" de David Nicholls. Embora o livro tenha algumas falhas, o autor conseguiu criar uma trama plausível, personagens verossímeis e, sobretudo, uma mensagem profunda. Trata-se de um livro estável, que parte de uma premissa interessante e chega a um final surpreendente.


Se você acompanha o blog há algum tempo, irá estranhar o fato de termos acrescentado Nicholas Sparks, pois bem sabe que não somos fãs ardorosos de seu trabalho. Mas, justiça seja feita, "Noites de Tormenta" é um de seus melhores livros, e você descobrirá o porquê na resenha que será publicada em breve. Personagens bem construídos somados a uma estória envolvente e emocionante são motivos suficientes para ler o livro.


Por fim, não poderíamos deixar de fora Jane Austen, e seu inesquecível livro “Razão e Sensibilidade”. Uma excelente sugestão para quem procura uma estória profunda, inspiradora, com personagens cativantes e que, mesmo com um final feliz, não deixou de ser crível.

Agora, nos resta desejar um feliz Dia dos Namorados e boas leituras.

Comente e concorra a um kit de marcadores!





sábado, 25 de fevereiro de 2012

RESENHA: Um dia

“Às vezes imaginava o que a Emma de vinte e dois anos pensaria da Emma de hoje. Será que a consideraria egoísta? Acomodada? Uma burguesa assumida, interessada em imóveis e viagens ao exterior, roupas de Paris e cortes de cabelo em salões chiques? [...]. Talvez, mas a Emma Morley de vinte e dois anos não era um paradigma: pretensiosa, petulante, preguiçosa, adorava fazer discurso, dona da verdade. Cheia de autocomiseração, autoafirmativa e autocentrada, todos os autos menos autoconfiante, que sempre foi a qualidade que mais precisou.” (NICHOLLS, 2011, p. 360).

***

Resenhas animadoras somadas a uma premissa interessante me impulsionaram a adquirir o livro. Tendo-o em mãos, constatei que uma das folhas é destinada a repercussão que o livro gerou na mídia, e todos os comentários selecionados, obviamente, são bons. Assim, quando fui ler o livro, a expectativa era alta. Muita alta. E não foi correspondida plenamente.

Não me entenda mal. O livro é bom, porém, não creio que irá se tornar um clássico moderno, com asseverou o Daily Mirror, tampouco que tenha sido o melhor livro do ano como o afirmou o The Guardian. Sem esta “propaganda enganosa” imagino que teria apreciado a leitura muito mais.

A premissa do livro é genial, reconheço. Dexter e Emma se conhecem na noite da formatura, e se separam no dia seguinte. A trama se desenvolve nos vinte anos subsequentes, sendo que cada capítulo narra o rumo que a vida dos personagens tomou sempre naquele mesmo dia: 15 de julho.

Todavia, o que deveria ser a inovação do livro, também se tornou seu calcanhar de Aquiles. Sendo a estória narrada sempre no mesmo dia, me pareceu que algumas partes ficaram um pouco forçadas. Por exemplo: os personagens se encontrarem justamente naquele dia, não uma, nem duas, mas várias vezes ao longo dos anos, é um pouco mais do que coincidência.

A estória é muito envolvente, embora em alguns pontos se torne um pouco maçante/cansativa, afinal, são retratados vinte anos vividos por pessoas comuns. Aliás, isto é outro ponto positivo: a verossimilhança dos personagens, os quais foram muito bem construídos. Ver a evolução, crescimento e amadurecimento, de ambos os personagens, de uma forma realística acabou por se tornar a magia do livro.

Além disso, creio que a identificação com os personagens é fácil, pois são duas pessoas, recém formadas, com a vida pela frente, e que não tem certeza de que rumo tomar. Se você ainda não vivenciou este sentimento, lhe garanto que um dia você irá (com o perdão do trocadilho).

Por outro lado, achei que o clichê “sexo, drogas e rock and roll” foi explorado as raias do absurdo. Sinceramente, serviu somente para banalizar o livro, sem nada acrescentar. Mesmo assim, não reduziu (em demasia) a qualidade da obra.

Para mim, quem melhor descreveu o livro foi Tony Parsons: “Um livro brilhante sobre o assombroso hiato entre o que éramos e o que somos”.

Eis o ponto alto do livro. Passados vinte anos, seriamos os mesmos? Teríamos as mesmas ideologias e utopias? Ou a vida se encarregará de nos trazer a realidade?

Sem muitos autos e baixos, o livro é estável, com uma trama criativa, ousada e envolvente, narrada com fluidez, e com um final surpreendente.

Clique aqui para assistir ao trailer do filme estrelado por Anne Hathaway e Jim Sturgess.

Título: Um dia
Autor: David Nicholls
N.º de páginas: 410
Editora: Intrínseca

 

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