terça-feira, 20 de novembro de 2018

3 motivos para ler A Menina Que Roubava Livros

Conversa de Contracapa é coluna off topic do blog Além da Contracapa. Sem limitação temática, iremos explorar todo e qualquer assunto relacionado ao mundo da literatura. 

Fomos convidados pela Editora Intrínseca para destacar três motivos para ler o maravilhoso A Menina Que Roubava Livros, de Markus Zusak. O motivo? Na caixa de dezembro do Intrínsecos — o clube de leitura da editora — encontraremos o novo livro do autor: O Construtor de Pontes. 

Mas enquanto a caixa não chega, vem conferir por que A Menina que Roubava Livros encantou tantos leitores e é uma leitura imperdível. 

a menina que roubava livros A morte


Se você ainda não leu A Menina Que Roubava Livros, então prepare-se para conhecer a narradora mais improvável da literatura: sim, estamos falando dela mesma, a morte. E apesar do seu trabalho ingrato e de ser vista como vilã pela maioria das pessoas, ela é extremamente espirituosa e até mesmo humana. Sua visão sobre o mundo e suas reflexões são tão interessante quanto a estória que conta

A morte se apresenta:

“Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.” (ZUSAK, 2013, p. 9)

A guerra


Zusak nos joga na Alemanha, em plena Segunda Guerra Mundial. Mas o que vemos não são as batalhas em si, e sim os seus nefastos efeitos: a escassez não apenas de comida, mas de esperança; o gosto amargo das injustiças; a perda da inocência em um mundo cada vez mais cruel. Vemos também o medo. Medo não apenas dos bombardeios, mas também do próprio Reich, que podia se voltar contra um cidadão alemão ao menor sinal de traição. Vemos as que o cerne da guerra não é a luta pelo poder, mas sim a dor e o sofrimento. E o pior de tudo: que o ser humano, muitas vezes, acredita que a vida do seu semelhante é dispensável.  

A morte reflete sobre a guerra:

“Dizem que a guerra é a melhor amiga da morte, mas devo oferecer-lhe um ponto de vista diferente a esse respeito. Para mim, a guerra é como aquele novo chefe que espera o impossível. Olha por cima do ombro da gente e repete sem parar a mesma coisa: ‘Apronte logo isso, apronte logo isso.’ E aí a gente aumenta o trabalho. Faz o que tem que ser feito. Mas o chefe não agradece. Pede mais.” (ZUSAK, 2013, p. 272)

A menina


Liesel é uma menina de nove anos quando tem seu primeiro encontro com a morte. Depois de perder o irmão e ser entregue para adoção por sua mãe, Liesel encontra nas palavras o conforto e o consolo que tanto precisava. Sua relação com os livros não apenas se torna uma válvula de escape ao caos da guerra, mas também influencia e forja os relacionamentos com sua nova família e amigos.

A morte testemunha o deslumbramento da menina em uma sala repleta de livros:

Em quantos livros tinha tocado?
Quantos havia sentido?
Andou até o começo e fez tudo de novo, dessa vez muito mais devagar, com a mão virada para a frente, deixando a palma sentir o pequeno obstáculo de cada livro. Parecia magia, parecia beleza, enquanto as linhas vivas de luz brilhavam de um lustre.” (ZUSAK, 2013, p. 123)

Concluindo


Zusak não apenas teve uma ideia brilhante, mas conseguiu desenvolver a estória com perfeição. É impossível não se identificar com Liesel e seu amor pelos livros, assim como é impossível não se comover com sua estória. Apesar de todos os assuntos pesados que a obra envolve, o autor teve muita sensibilidade para abordá-los, além de contar com a excentricidade da narradora para, curiosamente, deixar tudo mais leve. Certamente, uma estória que merece ser conhecida.

Então, se você ainda não leu A Menina Que Roubava Livros, aproveite as promoções da Semana Black Friday na Amazon. A Intrínseca é a editora da semana e os livros estão com até 80% de desconto. Vale lembrar que comprando por estes links, você ajuda o Além da Contracapa com uma pequena comissão. 

E para quem já se encantou com a estória de Liesel, então chegou a hora de assinar o Intrínsecos e garantir O Construtor de Pontes em primeira mão. Ao fazer parte do clube, você recebe uma edição em capa dura colecionável; a revista Intrínsecos, para expandir sua experiência de leitura; um marcador de páginas e um brinde exclusivo. 


14 comentários:

Rubro Rosa disse...

Estou adorando esta proposta da Editora!
A Menina se tornou um dos meus livros favoritos no mundo( e de tantos outros leitores) Já li três vezes e sei que ainda lerei novamente! Pretendo rever o filme também(Hoje ainda).
Zusak conseguiu construiu realmente trazer um enredo completo, cenário, personagens, contadores...tudo se encaixando perfeitamente!
Leitura mais do que recomendada!!!
Beijo

Vitória Pantielly disse...

Olá Alê,
Acabei de ler um post parecido, tudo indica que terei que ler o livro, rsrs.
Infelizmente, não tive oportunidade de ler, mas assisti a adaptação, que me encantou, me fez chorar, me fez rir....
O autor mostrou a guerra pelo olhar de uma criança, já no filme da para perceber como o medo e ao mesmo tempo um pouco de esperança estão presentes o tempo todo, e sobre a morte, bem, podemos dizer que ela é quase uma protagonista nessa história, não é?
Claro que pretendo ler, se amei o filme, imagino como será uma leitura incrível...
Beijos

ME Assessoria disse...

Eu amo esse livro :D

http://www.submersaempalavras.com/

Ludyanne Carvalho disse...

Consegui me controlar e não comprar essa caixinha da Intrínseca - eu queria, mas meu dinheiro não.
Estou com esse livro aqui para ler, mas antes eu não tinha tanto interesse justamente por ser narrado pela morte. Acho um tanto assustador.
Mas são tantos elogios e aborda um tema muito significativo que acabei me rendendo.
Espero ler em breve.

Beijos

Evandro Atraentemente disse...

Que legal ter no novo livro do autor no Intrínsecos de dezembro. Eu assisti o filme, mas ainda não li A menina que roubava livros. Os motivos citados foram mais que suficientes pra me convencer a fazer a leitura. É uma história bem bonita. Fiquei muito curioso com o novo livro também.

Ana Lima disse...

Uma das coisas que eu amei no livro é a bendita morte (e como ela é improvável!) e unica e até especial em todo o contexto, sem ela o livro não seria o mesmo. A Liesel com certeza é uma das minhas personagens preferidas, ao ler o livro e ao assistir ao filme vejo que eles fizeram uma brilhante adaptação (muito linda)! A gurra infelizmente também é um fator importantíssimo e cruel. Muito boa a proposta da editora! Parabéns pelas escolhas dos motivos!

Gabriela CZ disse...

Amo esse livro, Alê! A Menina que Roubava Livros é um dos meus favoritos e só tenho a concordar com seu post. Não sabia que tinha livro novo do Zusak na área, vou dar uma olhada. Ótimo post.

Beijos!

PS Amo Leitura disse...

Oi Alê.

Esse livro é incrível de todas as formas! Todos os personagens são maravilhosos e a morte ganha um destaque incrível. Nunca li nada parecido com isso, talvez seja por isso que amei tanto.

Adorei o post.
Beijos,
Blog PS Amo Leitura

Andressa Palma disse...

O filme é maravilhoso, o livro deve ser dez vezes mais.
Ainda não tive oportunidade de ler o livro... Mas, assim que tiver, tenho certeza que irei amar, amei o filme.
Bjs

Karina Erika disse...

Eu comecei a ler há alguns anos atrás A Menina Que Roubava Livro, mas nunca conclui a leitura :( Mas esse post me fez ter vontade de concluir a leitura

Luana Martins disse...

Oi, Alê
Ganhei esse livro de presente de aniversário quando foi lançado.
Mas só consegui ler em janeiro desse ano, comecei e parei a leitura 4 vezes. Com calma sem esperar nada li o livro bem rápido e me apaixonei por ele, se soubesse que seria tão encantador teria lido antes.
Estou recomendando para todos que conheço.
Beijos

Ana Paula Santos Moreira disse...

Curti os motivos para ler esse livro e até me estimilou a pega- lo na estante para ler. Não assisti nem ao filme, mas depois de sempre ouvir as pessoas falando o quanto é bom, me deu vontade de assisti.

Ana I. J. Mercury disse...

Alê, muito bons os motivos e concordo com tudo o que você disse.
Esse livro é muito incrível.
É um dos meus prefes da vida e tô ansiosa pra relê-lo.
Que história sensacional e especial.
bjs

Monique Fonseca. disse...

Eu já li A Menina Que Roubava Livros,umas três vezes é um dos livros favoritos justamente por essa ideia da morte que o Marcus apresentou e por ele conseguir desenvolvê-la de maneira tão delicada,e apesar de abordar temas tão pesados,o jeito que a história foi contada me conduziu de uma forma a encontrar beleza na vida,apesar do sofrimento.

Https://euhumanaefinita.blogspot.com.br

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